Rio - Percebe-se nova estratégia do Estado Islâmico: em paralelo às transmissões das horrendas execuções de prisioneiros, o grupo terrorista agora montou uma linha de produção de factoides. Depois de aniquilar sítios históricos no Iraque, anunciou ontem aliança com os também bárbaros do Boko Haram e fez novas ameaças, agora jurando destruir cartões-postais do Ocidente. “Se querem as fortalezas do EI, nós queremos Paris, Roma e Andaluzia, depois de explodir a Casa Branca, o Big Ben e a Torre Eiffel”, vociferou o porta-voz.
De factoides, o mundo está cheio — vide a Coreia do Norte e suas inverossímeis reivindicações. Mas estas do EI não podem ser consideradas apenas bravatas. Como se sabe, legião de jovens do Ocidente identificados com a interpretação equivocada da Charia e do Corão viaja para a Síria e para o Iraque, a fim de reforçar as hordas terroristas. A ‘propaganda’ acaba servindo como convocação.
De modo que já está passando da hora de se tomarem medidas mais incisivas contra essa barbárie. Deixar o Estado Islâmico e o Boko Haram livres para crescer e ameaçar indiscriminadamente o resto do mundo é uma irresponsabilidade que pode detonar crises incontornáveis e severíssimas.