Por bferreira

Rio - Enfim divulgaram-se as imagens do bando que assaltou passageiros do metrô na noite de quinta-feira — e que provavelmente agiu no mesmo trecho duas semanas atrás. Espera-se que, com as fotos dos criminosos, a polícia faça o que se espera dela: a identificação e prisão dos ladrões. Mais uma vez, lamenta-se a falta de proatividade das autoridades. Agora que se contam duas dúzias de vítimas, a concessionária e o governo do estado acordaram instalar, “até o fim do ano”, câmeras nos vagões mais antigos.

É inviável pensar segurança pública nos dias de hoje sem monitoramento — tanto que um dos trunfos do estado nessa área é o Centro Integrado de Comando e Controle, que dispõe de dezenas de câmeras e trabalha com o CCO da prefeitura para estruturar ações rápidas de resposta ao crime. Logo, pontos cegos como o dos carros antigos do metrô, um anacronismo inaceitável, são prato cheio para o banditismo. As duas investidas, pela semelhança, expõem fraquezas que já deviam ter sido corrigidas.

Mas não só de câmeras depende a segurança pública nos transportes. Pôr um PM, fardado ou à paisana, em cada vagão e ônibus é impraticável — mas é possível, sim, bloquear caminhos, com policiamento ostensivo, e apostar maciçamente na inteligência. Mais uma vez, com as fotos dos suspeitos na rua, arma-se rede de informações que ajudará a polícia a prender os facínoras.

O que não pode é predominar essa terra de ninguém num meio de transporte usado por trabalhadores que só querem chegar em paz em casa.

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