Rio - Da mesma forma como em junho de 2013, as manifestações recentes que levaram milhões às ruas, além da grita contra a corrupção, deixaram evidente o descontentamento com a classe política e do modo como se administra a coisa pública no Brasil. Já passa da hora de se enterrar de vez a velha fórmula da política do toma lá dá cá.
Além do fim do financiamento de empresas às campanhas dos candidatos, que está sendo discutido, entre outros, é imperioso acabar de vez com as indicações políticas a ministérios estratégicos e cargos-chaves nas estatais.
O critério a prevalecer é o técnico. O preenchimento desses postos tem que ser bom para o país, e não aos partidos ou aliados políticos.
Assim, pode-se entender como alvissareira a indicação pela presidenta Dilma Rousseff do filósofo e professor Renato Janine Ribeiro para o Ministério da Educação. Que seja o início de uma verdadeira reforma ministerial.
Afinal, mais uma vez, a presidenta Dilma se defronta com desafios impostos pelo grito das ruas. No início do seu segundo mandato, reconhecer essas demandas sem revanchismos e criar condições efetivas para atendê-las é o primeiro passo para a correção de rumos.