Por felipe.martins

Rio - Nesta época em que todo mundo corre para colocar em dia suas contas com o Imposto de Renda, surge sempre uma dúvida: remédios podem ser deduzidos? Por incrível que pareça, não. Ao menos por enquanto. Atualmente eles só podem aliviar a mordida do Leão se estiverem incluídos na conta de um hospital, acredite.

Os brasileiros gastam muito com remédios. São mais de R$ 80 bilhões por ano, numa porcentagem que comanda todas as despesas com saúde. Aposentados, em sua maioria idosos, gastam cerca de um terço de sua renda neles, comprovam pesquisas recentes.

Além disso, esse item tão fundamental do orçamento familiar é taxado de forma mais do que expressiva no país. O Brasil, infelizmente, é um dos campeões mundiais de impostos sobre remédios, com carga tributária em torno de 34%. Nada mais natural e necessário do que uma medida que permita o abatimento dos gastos com medicamentos na declaração anual de impostos.

Por tudo isto, apresentei na Câmara dos Deputados projeto de lei prevendo que os gastos com remédios possam enfim ser deduzidos. Tenho muito orgulho deste projeto, que acredito ser relevante para todos os brasileiros, sem distinção, mas em especial para aqueles com menos recursos. A lei já prevê que gastos médicos sejam deduzidos. Nada mais lógico do que isso também aconteça com os remédios, fundamentais para praticamente todos os tratamentos, dos mais simples ao mais complicado. Tenho certeza de que contarei com a sensibilidade e o discernimento de meus colegas para que sua aprovação ocorra o mais rápido possível. Milhões seriam beneficiados.

Marcelo Matos é deputado federal pelo PDT

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