Por bferreira

Rio - A pirataria é uma doença que precisa ser erradicada o mais rápido possível. Para que isso ocorra, é necessário que a fiscalização seja forte em todos os setores, principalmente nas fronteiras, aeroportos, rodoviárias e portos. Para se ter ideia, R$ 30 bilhões deixam de ser arrecadados anualmente pelo país por conta dos produtos piratas; fora os dois milhões de empregos formais que também deixam de ser criados. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas revelou que a informalidade da nossa economia é de cerca de R$ 780 bilhões, valor superior ao PIB de muitos países da América Latina.

Acredito que, além da fiscalização, campanhas educativas seriam bem-vindas. Elas poderiam ser feitas através da distribuição de cartilhas explicativas e palestras em escolas, o que contribuiria para uma maior conscientização dos jovens e futuros consumidores. É importante que as pessoas lembrem que o péssimo hábito de comprar produtos sem procedência é prática ilegal, passível de detenção, e considerem o grande prejuízo ao comércio legalizado e ao trabalhador. Além disso, a pirataria é também crime contra os direitos autorais — isso sem contar a falsificação de outros produtos, como tênis, roupas, relógios, brinquedos, óculos e bebidas, fáceis de serem encontrados.

Para piorar, pesquisa do IBGE comprovou que 93,8% dos entrevistados compram produtos piratas e têm consciência de que isso é ilegal. O baixo preço é o que mais influi na compra. Por isso, apelo para que o cidadão tenha consciência do mal causado por produtos piratas na cadeia criativa. Nós não queremos, de maneira alguma, que a nossa cidade seja vista como uma das que contribuem para esse mercado ilegal.

Dionísio Lins é presidente da Comissão Antipirataria da Alerj

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