Rio - Em um país cada vez mais agarrado a celulares — três quartos da população já têm smartphones, segundo dados de 2013 da Pnad —, é essencial garantir a qualidade do serviço. Todas as operadoras já tiveram problemas. Em 2012, a Anatel suspendera a venda de novas linhas das piores companhias em cada estado e estipulara prazo para que se corrigissem falhas. A agência torna a fazê-lo agora, tendo em vista que as empresas não cumpriram todas as metas de melhoria.
O objetivo das telefônicas é simples: a Anatel exige que se garantam pelo menos 85% das chamadas de voz e se limite a queda inesperada em até 5% no serviço de dados 3G ou 4G. O prazo para alcançar esses indicadores chega a 15 meses.
Smartphones estão quebrando paradigmas na comunicação. Aplicativos aos poucos vão substituindo o serviço de voz tradicional, o que fez disparar o alarme nas operadoras. Já se trava batalha pelo direito de cortar a internet quando se excede a cota, e pacotes de dados ganham cada vez mais importância na hora de comprar um chip.
No meio de tantas opções e muita polêmica, assegurar um serviço minimamente decente é essencial. O brasileiro paga muito caro por uma internet móvel de velocidade pífia, se comparada à oferecida lá fora e a despeito do 4G — que ainda engatinha. A Anatel resgata seu propósito, o de fiscalizar as concessionárias e defender os direitos dos consumidores, ao exigir o cumprimento de metas. Espera-se que as empresas não o ignorem.