Por bferreira

Rio - É alvissareira a informação passada pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, conforme O DIA mostrou ontem, da retomada dentro de 30 dias em sua plenitude das obras no Complexo Petroquímico de Itaboraí, o Comperj. Afinal, a paralisação do megaempreendimento não produz somente revés ao desenvolvimento das cidades que fazem parte do consórcio intermunicipal, como a própria Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Tanguá e Silva Jardim, como também a toda a economia fluminense.

Mas o episódio deixa muitas lições. E a primeira delas é de que, embora seja o principal polo irradiador, o Comperj não pode ser a única esperança de progresso a essas cidades. A experiência mostra o quão pode ser danosa a extrema dependência. Os municípios devem caminhar com as próprias pernas, aprimorar ainda mais as suas fontes arrecadatórias e investir naquilo têm de melhor, seguindo a sua vocação, seja na indústria, agropecuária, seja no turismo regional.

Um bom exemplo disso é o investimento no novo software em algumas cidades fluminenses que vai aumentar em mais de dez vezes a arrecadação do Imposto sobre Serviço (ISS) das agências bancárias. O aperto à cobrança de inadimplentes do Imposto Territorial Urbano (IPTU) é outra providência.

Enfim, que as obras no Comperj recomecem a todo vapor e que com elas sejam retomados o entusiasmo e a agenda positiva das cidades. Mas que não seja essa a única porta aberta ao desenvolvimento.

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