Por bferreira

Rio - Muitas mães estão reavaliando a forma de criar seus filhos e investindo em uma educação sem violência, seja ela física ou verbal. Existem dois meios de conquistar respeito: por medo ou por admiração. Quando a criança respeita por admiração, ela tende a querer a relação com o cuidador e a buscar modos de mantê-la. A autoridade se efetiva, então, pelo carinho, pelos limites bem colocados e pelos direcionamentos adequados. Já quando a relação é baseada no medo, pelo exercício da força física, a criança respeita por temor de apanhar, e a autoridade se transforma em autoritarismo.

Quando a criança é ouvida, se sentindo amada e respeitada, ela tem mais facilidade de internalizar regras, mudando seu comportamento. Para isso os pais precisam aprender a dialogar, a escutar as necessidades deles e a buscar o entendimento pela palavra.

As mães que educam sem bater tendem a usar o reforço como estratégia. Há muitas formas: elogio, incentivo, palavras positivas, sorriso, reconhecimento ou aconselhamento. A família deve ser formadora, uma base estruturante para que haja o processo de individuação e subjetividade, através de vínculos de amor e confiança. Toda pessoa que quer ser respeitada deve oferecer o exemplo do respeito. As crianças aprendem pela própria experiência e pelo exemplo dos pais.

Há que ser ter o cuidado de olhar para a questão com a compreensão de que não bater não significa ser permissivo. Limites são necessários, pois a sociedade requer convivência e inserção. A mesma criança que quer fazer parte da família também quer fazer parte da sociedade. Portanto, a criança também deseja limites, um olhar atento que reflete o cuidado contra “os perigos do mundo”. Estabelecer limites é uma forma de amar e proteger. Por isso mães e pais precisam avaliar a forma como estes limites são estabelecidos e, para isso, é preciso rever valores. Que este Dia das Mães seja repleto de muito amor e de reflexão acerca de uma educação pautada nas trocas afetivas.

Beatriz Acampora é psicóloga

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