Por adriano.araujo

Rio - Neste Dia das Mães, como em todos os outros, assistimos a comerciais de mães e filhos em perfeita harmonia. Apesar de tocante, essa é apenas uma meia-verdade. Mulheres integralmente dispostas, bem-humoradas e submissas às vontades dos pequenos estão longe da realidade. Ao mesmo tempo, crianças perfeitas, obedientes, comportadas e prontas para estudar não representam a data... mas isso é ruim?

Não podemos aceitar que os padrões familiares tradicionais e impostos por anos de marketing bem produzido impeçam outras tantas mães de serem reconhecidas. As mudanças já chegaram e são visíveis. Cada vez mais mulheres são chefes de família, e jovens optam por serem mães mais tarde. Os dados são do IBGE, com base nos censos de 2000 e 2010. A pesquisa indicou que a proporção de brasileiras com ao menos um filho caiu em todas as faixas etárias mais jovens, que passaram a postergar a maternidade para continuar os estudos.

Elas também seguram a barra em casa. Segundo o IBGE, em 2000, as mulheres comandavam 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. Em 2010, essa proporção cresceu para 38,7% dos lares.
Essas informações são fundamentais para compreendermos para onde estamos indo. Mães cada vez mais velhas, responsáveis por suas famílias, independentes, escolarizadas e apaixonadas pela vida.Todas são tão diferentes, singulares, mas se misturam e se tornam uma só ao amar seus filhos.

Podem ser elas:
-Amorosas, zelosas com o futuro de seus pequenos, capazes de apoiá-los e impulsioná-los na busca por um futuro profissional.
-Chantagistas. Capazes de impedir que seus filhos amadureçam ou sigam seus próprios caminhos.
-Ciumentas. Inconformadas em ver seus filhos ao lado de outro homem ou mulher, longe do ninho.
-De coração. Avós, tias, mães adotivas e, por que não, pais. Provas vivas de que a maternidade está muito além dos laços de sangue.

Para essas e tantas outras desejo que amem sempre seus filhotes. Filhos, amem suas mães, lembrem-se que essa é uma tarefa 24 horas, não remunerada e totalmente integral, mas totalmente gratificante quando o amor é recíproco.

?Esther Guimarães é escritora e apresentadora

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