Por paulo.gomes

Rio - O Brasil vive delicado momento. Não se trata apenas de crise política ou econômica; o que preocupa é a crise de firmeza de decisão. O governo, a quem cabe o comando e a busca de saídas, parece baratinado, aplicando panaceias, tratando de minúcias e de política paroquial; agora mesmo, quando prega ajuste fiscal, executa cortes no orçamento e pede sacrifícios, a presidenta Dilma Rousseff eleva a verba pública dos partidos de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões, com único propósito de remendar sua desastrada relação com o Congresso e a base aliada.

Seria oportuno buscar um modelo consentâneo com a globalização e aplicar o liberalismo, receita com a qual países de menor potencialidade superaram crises e atrasos. Liberalismo não é nenhuma ameaça, é o caminho que as nações livres e inteligentes adotam — com sucesso. O liberalismo político baseia-se na premissa de que não seria necessária a existência de um poder absoluto para gerir a sociedade; e o liberalismo econômico é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo, ou seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio, inclusive e principalmente governamental.

O governo esquece que quem gera empregos é a iniciativa privada; deveria incentivar a produção, porém onera as empresas para custear a máquina pública, aumenta impostos e paralisa a indústria. A nossa carga tributária alcança 38% do PIB. A economia brasileira está verdadeiramente estagnada, o que gera reflexos negativos em tudo.

E temos ainda o mal maior, a corrupção. No petismo ela foi oficializada, institucionalizada. A conclusão lógica é que o governo está precisando de choque de gestão, de eficiência, começando pela redução da máquina. O essencial é modernizar e otimizar a administração, adotar política de transparência, pois a gestão pública como está é de total ineficiência e assim não pode gerar e aplicar políticas eficazes para o bem-estar social dos brasileiros.

Luiz Carlos Borges da Silveira é ex-ministro da Saúde

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