Por paulo.gomes

Rio - Os royalties do petróleo, principal fonte de arrecadação dos municípios do Norte Fluminense, continuam em queda livre. A situação exige medidas enérgicas no controle de gastos e revisão nos planos de investimentos, seja na administração pública ou na iniciativa privada. A situação, no entanto, deve servir para que a região identifique e incentive opções que, mesmo em tempos de crise, possam viabilizar a manutenção e, num segundo momento, a expansão de postos de trabalho.

As apostas estão na economia terciária, setor que mais cresceu no Brasil nas últimas décadas e que apresenta um vasto leque de demandas na geração de serviços, abrangendo áreas como comércio, Educação, Saúde, turismo, transporte e serviços públicos, entre outras atividades. Essas áreas utilizam mais pessoas do que máquinas e equipamentos, daí a importância da qualificação de mão de obra.

Em Campos, essa lição é seguida à risca. Nos últimos anos, o município se destacou pela oferta de cursos gratuitos para capacitação, através de parcerias da Secretaria de Trabalho e Renda com instituições de ensino profissionalizante, estabelecendo uma relação cada vez mais estreita entre informação e conhecimento.

Outro apoio importante vem do Balcão Municipal de Empregos, que, desde 2009, já inseriu mais de 26 mil pessoas no mercado de trabalho. O serviço, que tem 2 mil empresas cadastradas, atende campistas e moradores de cidades vizinhas em busca de oportunidades.

O incentivo à formalização, que gera receita para os cofres públicos e garante direitos aos trabalhadores, também é um trunfo para enfrentar a crise econômica. Com auxílio de programa específico, a Prefeitura de Campos, por exemplo, legalizou cerca de 12 mil microempreendedores nos últimos cinco anos.

A busca por alternativas para a era pós-petróleo deve ser incessante. O futuro de cada município da Bacia de Campos depende das atitudes do presente. Não há como fugir dessa responsabilidade.

Mauro Silva é jornalista, advogado e vereador de Campos

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