Por paulo.gomes

Rio - Um olhar mais aguçado constatou que a Natureza no Estado do Rio resiste: quase 35 mil hectares de vegetação original sobrevivem a despeito de desmatamentos e degradações diversas, como O DIA mostrou ontem. Os expressivos números foram obtidos graças ao aprimoramento da observação por satélite, agora mais detalhada, que detectou áreas intocadas. É uma notícia bastante positiva para os fluminenses, em um momento em que as autoridades lutam para despoluir a Baía de Guanabara e boa parte da orla, como a Praia de São Conrado.

Áreas verdes no estado foram praticamente dizimadas ao longo da história. A Mata Atlântica foi reduzida a um terço da cobertura original, e o mangue só não está extinto porque 0,3% ainda sobrevivem. Dores do crescimento urbano difíceis de reverter, mas mesmo assim a Fundação SOS Mata Atlântica localizou áreas em regeneração. Prova de que, com políticas públicas certas, é possível preservar.

O desafio é grande. A estrutura para fiscalizar desmatamentos e outros crimes ambientais está aquém do necessário. Mas não há dúvidas acerca dos riscos que os fluminenses correrão se o pouco que restou do verde no estado for derrubado: mais acidentes nas encostas, mais calor, menos água nos reservatórios, menos qualidade de vida. O Rio precisa honrar a natureza generosa que tem.

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