Por adriano.araujo

Rio - O sucesso nos resultados de qualquer atividade depende da gestão de recursos materiais e humanos. A avaliação é aliada do gestor, capaz de oferecer diagnósticos da realidade e subsidiar decisões e investimentos. Essa análise exige uma rigorosa metodologia, pois uma distorção poderá ocasionar decisões inadequadas.

No caso da Educação, existem três objetos principais da prática avaliativa: a aprendizagem do educando, levando em conta suas necessidades individuais; a instituição escolar; e, por último, o próprio sistema de ensino, que pode ter a abrangência de um município, de um estado ou do país.

Há cerca de 30 anos, acreditava-se que o único responsável pelo fracasso escolar era o aluno. Vagarosamente, estamos aprendendo a compreender que todo o sistema está comprometido. Desde então, em vários países e também no Brasil, observamos investimentos em avaliações do desempenho dos alunos e também da instituição escolar.

Hoje, no Brasil, temos várias atividades avaliativas, denominadas de larga escala, tendo por base os resultados dos estudantes. Nesse contexto, podemos citar a Prova Brasil e a Avaliação Nacional da Alfabetização, estabelecida em 2012.

Permanece, então, a necessidade da avaliação da aprendizagem do educando individualmente, dentro da sala, uma vez que subsidia o professor a tomar decisões que possam viabilizar o sucesso em suas atividades; além disso, é o resultado da aprendizagem dos estudantes que orienta todas as outras práticas avaliativas em Educação.

O sistema de ensino e as instituições escolares podem apresentar todos os requisitos necessários, tais como estrutura física, mobiliário, equipamentos, mas não terão cumprido a finalidade caso os estudantes não aprendam efetivamente.

Para se alcançarem os resultados desejados, a avaliação é uma boa aliada do gestor, revelando-lhe constantemente se suas ações têm sido satisfatórias ou não. Caberá a ele, subsidiado pela avaliação, investir na construção de boas práticas. Se assim acontecer, nosso país será bem-sucedido em seus projetos educativos; caso contrário, não teremos o êxito que desejamos nos resultados da Educação nacional.

?Cipriano Carlos Luckesi é doutor em Educação pela PUC-SP

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