Rio - Hoje, Dia do Profissional de RH, é oportuno refletir sobre nosso papel nas organizações. Apesar dos ajustes que o governo vem fazendo na economia, o cenário no país ainda não é otimista, o que ratifica a necessidade das empresas buscarem ações e iniciativas que contribuam para desempenhos satisfatórios, porém sem elevar custos. Esse desafio passa por uma gestão de pessoas que consiga mobilizar e engajar funcionários para melhorar a produtividade.
Entretanto, bons salários e benefícios não são mais suficientes para reter nem para motivar bons profissionais. As pessoas querem se realizar no trabalho. Esse perfil é ainda mais compatível com as gerações mais novas. Há inúmeras pesquisas que apontam que os jovens não colocam o salário como prioridade na busca de um emprego. Para eles, o ambiente e o perfil da empresa são mais relevantes. Nada mais natural se observarmos que o emprego ocupa parcela significativa de nossa vida.
O problema é que ainda há empresas aprisionadas a um modelo de gestão desenhado para um Brasil onde não havia a cultura de incentivar colaboradores criativos e proativos. A mudança exige ruptura de padrão que persiste há décadas. Dentro desse cenário, aumenta a importância do profissional de RH, que deve liderar o movimento de mudança, em busca desse processo de inovação, para que as organizações sejam, em sua maioria, fontes de iniciativas criativas.
Quem acompanha de perto o desempenho dos diversos setores da economia sabe que as empresas que mais se destacam são aquelas que têm áreas de recursos humanos mais atuantes, pois o capital humano é o bem mais precioso de qualquer organização. O RH pode e deve ser protagonista no crescimento e nas estratégias das organizações. Para isso, é preciso que os profissionais tenham de forma clara e objetiva o papel que eles pretendem que o setor desempenhe. E isso passa necessariamente pelo alinhamento das antigas responsabilidades com as novas demandas do gestor de RH.
Paulo Sardinha é pres. da Assoc. Bras. de Recursos Humanos no Rio