Por felipe.martins

Rio - Vivemos em um mundo de aparências, onde a foto daquela praia no fim de semana vale mais a pena do que o momento em que passamos nela. Onde as experiências obtidas naquela viagem com a família são perdidas se não forem registradas e compartilhadas com amigos e desconhecidos. Onde a carreira e nossa posição definem quem somos ou podemos ser. ‘Photoshopamos’ nossa realidade.

É tão maravilhoso quando encontramos pessoas bem-sucedidas e resolvidas em suas vidas pessoais e em suas carreiras! Pessoas que não mascaram quem são ou não escondem suas fraquezas e frustrações. Que humanizam sua própria realidade, pois sabem que conquistaram honestamente seus espaços e procuram viver da melhor maneira com aquilo que plantam e colhem.

Por outro lado, é cada vez mais comum encontrarmos pessoas que passam a vida fingindo sobre quem realmente são. Pessoas que, para se adaptar a um mundo cada vez mais plástico e superficial, enganam a si próprias na esperança de ganhar reconhecimento. Um perfil venenoso que pode prejudicar todos que se aproximam. Essa trama social acaba se entrelaçando em nosso dia a dia, já que é virtualmente impossível identificarmos a total confiabilidade daqueles que nos cercam.

Na maior parte das vezes, essas pessoas não se importam com o sofrimento dos seus pares, buscando a todo custo alcançar o sucesso e o reconhecimento, mesmo que isso signifique pisotear aqueles que amam ou que precisam dos seus serviços. Não existe moral, comprometimento ou companheirismo. A regra é caçar ou ser caçado.

Devemos ter cuidado com essas pessoas, conhecer bem aqueles que nos cercam e garantir que falsas promessas não nos confundam. Em quem confiar? A quem pedir ajuda? Não se deixe enganar, esteja atento aos detalhes e, acima de tudo, não permita que curiosos usem você como experimento.

Esther Guimarães é escritora e apresentadora

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