Por bferreira

Rio - A despeito de existirem grandes lacunas e complexas questões sem resposta dentro da segurança pública, é fundamental estar atento a ameaças não tão óbvias, mas que podem fazer estrago se não houver prevenção. Como O DIA mostrou ontem, o Exército já está preparado para enfrentar ataques terroristas com armas biológicas e químicas. O treinamento de tropa especial visa aos Jogos Olímpicos do ano que vem.

Há quem pondere que, diante de problemas mais comuns e sérios hoje no Rio, seria exagero ou até desnecessário trabalhar com trajes à prova de agentes infecciosos e máquinas de varrição de bombas. De fato, ao olhar para a cidade, hoje, vê-se quadro delicado: roubos de rua têm aumentado consideravelmente, e cada vez mais se relatam ataques com faca. Fora os casos de arrastão na orla e nas estradas. Tudo isso é pontuado, ainda, por desafios nas UPPs, com resistência de criminosos, e acirrados debates sobre a redução da maioridade penal.

Mas o cuidado do Exército não é exagero nem desnecessário. Ao contrário. Há que se levar em consideração que eventos grandiosos como Copa do Mundo, reuniões de cúpula e Olimpíada atraem um público diferente e se dão numa dimensão bem maior e mais complexa. Basta haver vulnerabilidade para que uma má intenção tenha êxito. Neste caso, é dever das autoridades identificar brechas e se antecipar a ameaças. Vale lembrar que, a despeito da baixa probabilidade, ataques terroristas podem atingir tanto atletas quanto cariocas.

Ninguém quer ver a Olimpíada ser manchada por falhas na segurança, seja uma bala perdida num arrastão na Linha Vermelha ou um ácido altamente corrosivo jogado sobre a plateia.

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