Rio - Em um país que ocupa destaque no ranking dos campeões em acidentes de trânsito, a aprovação na Câmara dos Deputados de proposta que aumenta de quatro para oito anos a prisão de motoristas embriagados que causam mortes não deixa de ser um alento. A ampliação acaba com a possibilidade de transformar sentenças menores em trabalhos comunitários, o que passa à sociedade a sensação de impunidade enquanto a selvageria ao volante dispara sem freio.
Os últimos números dessa tragédia são estarrecedores. Estudo mostra que, no ano passado, foram 8.227 óbitos e mais de 100 mil feridos. Segundo o Ipea, o prejuízo total dos brasileiros com os acidentes, incluindo as perdas econômicas com mortes e feridos e gastos hospitalares, gira em torno de R$ 40 bilhões.
Leis mais rigorosas são bem-vindas. Mas não bastam para estancar as perdas de vidas e dinheiro. É preciso que o poder público invista maciçamente em campanhas educativas para todso os públicos, desde a pré-escola. Direção consciente também é uma questão de educação.
