Por bferreira

Rio - Caminhoneiros voltaram a protestar pelas estradas do país. Alegam que o governo ainda não cumpriu o acordo que encerrara a paralisação de fevereiro, quando locautes foram organizados para pleitear isenção parcial de pedágios, anistia de multas por sobrepeso, redução no preço do diesel e condições de financiamento para compra de veículos. Desta vez, travam-se rodovias — barrando até ônibus — também pela obscura exigência pela ‘saída de Dilma da Presidência’.

Em fevereiro este espaço ponderara que caminhoneiros tinham todo o direito de reclamar e deveriam fazê-lo, pois o Brasil assegura a prerrogativa de protesto a todos. Já naquela ocasião, porém, alertava-se para o problema de impor transtornos a quem nada tinha a ver com isso, caso dos locautes das estradas, que ora se repetem.

Sequestrar o direito de ir e vir e exigir como resgate uma renúncia coletiva vai muito além de crime: é estupidez. Há meios democráticos, e a greve legítima é um deles, de negociar, alcançar demandas e propor mudanças.

Você pode gostar