Por bferreira
Rio - Nenhum ato terrorista pode ser perdoado ou nem sequer relativizado. Matar civis — inocentes — segundo interpretações toscas e enviesadas de textos sagrados é crime hediondo que choca, entristece e revolta. Mas a espiral da vingança cega é tudo o que os extremistas mais querem neste momento. Daí ser imprescindível a sensatez no necessário movimento de reação às atrocidades do Estado Islâmico.
Aos que pregam “varrer os terroristas da Síria e do Iraque” a bombardeios, cabe lembrar que foi exatamente no vácuo de algumas dessas ‘limpezas’ — agora sabidamente malsucedidas — que o Estado Islâmico prosperou. No rastilho do 11 de Setembro, empreenderam-se guerras e nutriu-se um ódio antimuçulmano que só fez crescer o radicalismo. E este angaria adeptos, como alguns dos europeus que mataram em Paris na sexta-feira.
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É imperioso tirar o poder de fogo das bases do EI, mas é igualmente necessário neutralizar a propaganda e as redes que aliciam jovens fora dos domínios dos terroristas.