Por bferreira
Rio - A celeuma em torno do bloqueio do WhatsApp em todo o território nacional é consequência pitoresca de episódio cujo desenrolar evidenciou erros graves. A começar pela causa do transtorno: a companhia norte-americana que gere o popular aplicativo se negou a acatar decisão da Justiça brasileira em processo criminal. Esta, por sua vez, equivoca-se ao punir o usuário em vez do serviço — e há várias formas eficazes de fazê-lo, como multa ou mesmo prisão.
Diante da suspensão, Mark Zuckerberg, todo-poderoso das redes sociais, manifestou-se com um misto de soberba e vitimologia — afirmando ter sido ontem “um dia triste para o Brasil” —, como se só estivesse preocupado com liberdade de expressão — obviamente o bloqueio é ruim para os negócios.
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Superado o imbróglio, parecem ter ficado algumas lições: empresa alguma pode ignorar as leis brasileiras; prejudicar o usuário não parece ter efeito prático; e a derrubada do bloqueio esdrúxulo não pode ser salvo-conduto para enfrentamentos.