Por thiago.antunes
Rio - O Supremo Tribunal Federal mais uma vez agiu com sensatez, equilíbrio e grandeza ao dirimir dúvidas acerca do rito do impeachment. Em sessão acalorada, com algumas decisões alcançadas em escores apertados, os ministros deixaram claro que não se pode reinventar a roda para satisfazer este ou aquele interesse. Como guardiões da Constituição, impediram que o processo seguisse a toada açodada e oportunista de Eduardo Cunha.
É preciso entender que o Supremo não julgou Dilma. Caberá ao ministro Lewandowski fazê-lo, mas perante o Senado, se assim desejar a Câmara. Mas há regras para tal, e houve diversas manobras de burlá-la, como a adoção do voto secreto e a controversa eleição da chapa alternativa para a comissão especial.
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Impeachment não pode ser guiado pela vontade de um só político ou de um grupo de descontentes. É processo que tem de julgar fatos segundo provas, ouvindo todos os partidos, e em harmonia com a vontade da população — e o Supremo não deixou dúvidas acerca disso.