Por bferreira
Rio - E o ano começou. A despeito das tempestades anunciadas e vividas cá estamos nós de novo, com a esperança renovada e os mesmos problemas. Dos pequenos aos grandes. O técnico do ar-condicionado não apareceu e o ar que pingava decidiu que não vai funcionar mais. E neste calor absurdo o tal do técnico e o tal do ar passam a ser as estrelas da primeira semana do ano. O chaveiro sumiu, nem a mulher dele sabe do próprio e a porta está emperrada. Sabe o cartão de crédito? Chegou com uma anuidade absurda. Liguei para discutir o valor ou desistir dele de vez, mas só funciona no horário tal, agora não pode, tem que ligar de novo amanhã. Resolvi transferir milhas do cartão para uma companhia aérea. Ao resgatar descobri que a gente perde algumas milhares de milhas ao fazer a troca. Pensa que é na hora? Não. Leva sete dias úteis.
A notícia boa é que as compras que eram para o Natal chegaram. Pena que o Natal já passou e o deste ano ainda vai levar um tempo. Mas pelo menos as encomendas chegaram certas. Entregaram o que comprei. Devo festejar? Técnicos em economia doméstica são taxativos: é preciso cortar custos. E como o ano começa com os IPTUs e IPVAs já na porta é preciso se dedicar ao assunto controle de despesas com paciência e afinco. Ou seja, saco. Até porque é um tal de ouvir musiquinha sem parar pra conseguir reduzir alguma coisa aqui ou ali. Mas não é de grão em grão que a galinha enche o papo? Então lá vamos nós na missão de reduzir custos. De algum lugar tem que sair, se não for do cartão pode ser da TV a cabo ou da conta do celular. É como diz uma amiga cantora: tem que acreditar que funciona como uma infiltração, sempre pingando. E de pingo em pingo a gente mesmo vai dando um jeito, controlando a ansiedade e festejando o que dá pra festejar. E já tem gente planejando a próxima festa ou a próxima folga, até porque 2016 vai ser um ano de feriados ás quartas. O Carnaval é cedo, começo de fevereiro. De hoje a um mês é domingo de Carnaval e os blocos já estão na rua, ensaios bombando e baterias tirando o sono da gente. Por falar em tirar o sono, no meu caso, os operadores de trânsito do sinal mais próximo acreditam, de verdade, que se eles não apitarem cada vez que o sinal fica verde ninguém vai se mexer. Logo apitam oito a dez horas seguidas.
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Mas vai ser um ano de tréguas para quem se mantiver trabalhando direto: 25 de março já é Sexta-Feira da Paixão, e como sempre a quinta será meia bomba. O 21 de abril cai numa quinta. Quem vai se dar ao trabalho na sexta? E o Corpus Christi também escolheu a quinta, dia 26 de maio. Logo teremos mais estradas cheias e os mesmos erros, tipo gente circulando pelo acostamento como se fosse nova pista. Já em setembro, o dia sete é numa quarta e o 12 de outubro noutra, assim como Dia de Finados. Se organize aí porque daqui a pouco o ano termina e só como aviso vale lembrar que o Natal de 2016 será num domingo.
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