Por bferreira
Rio - A greve dos médicos peritos do INSS completa quatro meses sem perspectivas de que terminará no curto prazo. Como O DIA mostrou sexta-feira, 1,3 milhão de brasileiros estão sendo seriamente prejudicados pela classe, que insiste em aumento de 27% e em redução da jornada de trabalho, entre outros pontos. Não se questiona a legalidade da paralisação porque, em tese, a categoria mantém 30% do efetivo trabalhando, o que já se mostrou insuficiente.
Vive-se o impasse e parece não haver interesse para desatá-lo com urgência. A questão é gravíssima, pois envolve milhares de famílias que dependem da perícia para subsistir — seja para receber auxílio-invalidez, seja para voltar ao trabalho e ganhar o salário. Mas, com a burocracia emperrada, nem o mais previdente tem garantia de que será atendido.
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No Brasil o direito a fazer greve é sagrado, e assim deve continuar, mas é impensável que impasses que prejudicam centenas de milhares durem infinitamente sem que a Justiça imponha rédeas.