Rio - O retorno do deputado estadual Carlos Roberto Osorio para a Assembleia Legislativa, depois de prestar relevantes serviços ao governo do estado, na Secretaria de Transportes, tem um significado especial para a política fluminense. Convidado pelo prefeito Eduardo Paes, foi o primeiro secretário de Manutenção da Prefeitura do Rio, onde mostrou todo seu dinamismo e entusiasmo pela causa pública. O resultado natural foi a grande votação obtida para deputado estadual, em 2014.
A desincompatibilização do jovem político e seu ingresso no PSDB por convite do senador Aécio Neves — tão identificado com o Rio que é considerado o nosso quarto senador — e dos deputados Otávio Leite e Luís Paulo, vão desembocar em sua candidatura a prefeito do Rio. Seria efetivamente uma opção de renovação sem contestação. Afinal, serviu com eficiência e lealdade ao prefeito e ao governador, mas optou por um caminho próprio, percebendo uma vontade na sociedade de dar uma chance a quem represente a continuação da excelente administração atual com uma nova maneira de fazer política, com exemplar postura pessoal. E distante do PT.
Osorio chegou à política como homem realizado na atividade empresarial e de patrimônio pessoal consolidado. Tem raízes familiares profundas no comércio do Rio. O tio-avô foi notável presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro; Antonio Carlos do Amaral Osorio, o avô, dedicado, desinteressadamente, a vida inteira ao Vasco da Gama; o pai, Roberto Osorio, líder dos revendedores de automóveis por quase 40 anos. Ou seja, tem um lastro de educação e formação ética, moral e familiar, o que, neste momento, é de importância para todos nós. Conquistou seu espaço junto à população por méritos pessoais, incluindo a confiança do prefeito, do governador, de seus pares na política.
Corremos o risco de encontrar na disputa políticos formados na escola do PT, que não deu resultados. Uns que teimam no apoio a um governo federal rejeitado; outros, que, ao primeiro sinal de naufrágio, trocaram por legenda alternativa ao partido oficial; outros ainda que representam segmentos ideológicos ou religiosos, naturais nos parlamentos, mas de alto risco na gestão pública. Inquestionável que Osorio é uma novidade positiva na política carioca!
Aristoteles Drummond é jornalista
