Por thiago.antunes
Rio -  O juiz da 1ª Vara Criminal de Bangu, na Zona Oeste do Rio, Alexandre Abrahão Dias Teixeira, interrogou nesta quarta-feira, por videoconferência, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.
Eles respondem pelo crime de associação para o tráfico, juntamente com os advogados Beatriz da Silva Costa de Souza, Flávia Pinheiro Fróes e Luiz Fernando Costa. Os advogados teriam atuado como pombos-correio da dupla.
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Segundo denúncia do Ministério Público estadual, datada de novembro de 2010, Marcinho VP e Elias Maluco, "transferidos na época do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, para a penitenciária federal localizada em Catanduvas, no Paraná, articularam, planejaram e controlaram os atos de violência na cidade no período".
Segundo a denúncia, os acusados contaram com a participação e a colaboração ativa dos advogados Beatriz da Silva, Flávia Pinheiro e Luiz Fernando Costa, que, periodicamente, se uniram a eles na penitenciária e, "através das entrevistas sigilosas, por força de suas profissões, receberam ordens transmitidas por bilhetes e outros escritos ou mesmo verbalmente".
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Os atos, continua a denúncia, "tinham o objetivo de inibir as ações das autoridades responsáveis pela segurança pública do Rio de Janeiro, que iniciaram a execução de projetos para o reforço e o aperfeiçoamento das atividades policiais em várias localidades dominadas pelo crime organizado".
Durante a audiência, o réu Elias Maluco, que atualmente está preso no presídio de segurança máxima de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, negou as acusações. Ele disse ao juiz que é “perseguido no estado do Rio”, acrescentando que todo o contato de presos com advogados é monitorado. Ele também declarou que não conhece as advogadas e que não vê o réu Luiz Fernando Costa há mais de dois anos. Marcinho VP, preso em Catanduvas, no Paraná, também negou as acusações do MP. “A acusação é absurda”, afirmou.
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