Rio - A Cidade das Artes, o complexo cultural de arquitetura arrojada construído no Trevo das Palmeiras (Cebolão), no coração da Barra da Tijuca, abriu sua programação oficial na quinta-feira, 11 anos após o início das obras e quase cinco anos depois de, em dezembro de 2008, ter sido inaugurada inacabada pelo então prefeito Cesar Maia.
Em janeiro de 2009, o prefeito Eduardo Paes assumiu a prefeitura e mandou fechar o complexo para que fossem feitas auditorias, especialmente em relação ao custo da obra.
O complexo é gigantesco: tem 97 mil metros quadrados de área construída e cinco núcleos, com duas salas de espetáculos, 21 espaços multiuso com três cinemas (dois de 150 lugares e um de 300), galeria de arte, salas de ensaios, de aula e de leitura,além de lojas, cafeteria e restaurante.
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“A ideia é que esse espaço seja um lugar inovador no Rio. Estamos trazendo para cá o que há de melhor em cada segmento artístico. E quanto mais estivermos abertos a todo tipo de arte, melhor para nós e para a cidade”, disse Emílio Kalil, presidente da Fundação Cidade das Artes.
A inauguração teve quatro eventos: a comédia 'A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento’, com Marco Nanini, a coreografia 'Tatyana', de Deborah Colker, o recital de piano de Tamila Salimdjanova e o espetáculo 'Astronautas', de Maria Borba.
No fim da noite, os jardins da Cidade receberam o show ‘Deixa a Nêga Gingar’, com Elza Soares, além da turma do Baile Charme do Viaduto de Madureira, que dançou com o público.
Público aprova atrações e a imponência do complexo
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A Cidade das Artes é próxima do terminal de ônibus Alvorada, o que facilita, para quem não tem carro, a tarefa de conhecer o complexo e conferir a programação, que promete ser intensa. “Achei fácil de chegar. Só faltou mais divulgação”, lamenta a fiscal contábil Ana Lucia Andrade, 28. Ela saiu de Nova Iguaçu para assistir ao espetáculo de dança ‘Tatyana’.
O auxiliar de marketing José de Assis, 45, saiu com a mulher Alexandra, 41, e o filho Yuri, de 11 de Jacarepaguá, de táxi.
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“O Yuri ficou vidrado em tudo. Fomos também conferir a Deborah Colker e gostamos muito do lugar”, diz ele, que ao contrário de Ana, teve problemas para achar o lugar. “A sinalização é ineficiente”.
A partir deste sábado, a Sala de Leitura do complexo estará movimentada, com palestras como a do escritor Ruy Castro, às 17h, no projeto ‘Encontro com o Autor’.
