Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Elas já não são mais de metal, mas voltaram a fazer parte do cenário do Salgueiro. Há um mês convivendo com constantes cortes no fornecimento de água, os moradores da favela apelaram para os baldes, num vaivém constante pela Rua Francisco Graça.
“Tive de cancelar nossa participação na 22ª Roda de Leitura, da prefeitura (que seria hoje). Não posso nem abrir o banheiro”, lamenta Marcelo da Paz, dono da Padaria Caliel, misto de restaurante e centro cultural da comunidade. “A gente se esforça para trazer as pessoas do asfalto para conhecer o morro, para integrar, e acontece isso.”
Marcelo observa%2C da padaria%2C o drama dos moradores sem águaAndré Balocco / Agência O Dia

O problema, diz Marcelo, seria causado por uma bomba d’água que puxa o líquido para o reservatório no topo da favela. Como o aparelho é velho e queima constantemente, segundo ele, o fornecimento fica irregular.

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“Nosso faturamento cai até 80%. Hoje (sexta-feira) não consegui fazer nossa feijoada, que atrai muita gente do asfalto. O pior é que queremos pagar pela água, mas não conseguimos.” Contactada de manhã por email e telefone, a Cedae não respondeu.