Por thiago.antunes
Rio - O jovem da favela tem em média 1,3 filho e é pai ou mãe pela primeira vez aos 17 anos. As informações estão na segunda rodada da pesquisa do Instituto Pereira Passos, em parceria com o Instituto TIM, divulgada ontem. O levantamento escutou 3.517 pessoas entre 14 e 24 anos no Fogueteiro, Batan, Manguinhos, Mangueira, Santa Marta, São João e Salgueiro — 9,8% já são pais.

Para se ter uma ideia, a média de idade no país, segundo o IBGE, é de 26,8 anos. A pesquisa, feita por moradores das próprias comunidades contratados pelo IPP, mostrou ainda que 2,8% deles têm algum tipo de deficiência. “Percebendo o perfil dos jovens , é possível saber onde é preciso oferecer oportunidades”, conta a presidente do IPP, Eduarda La Rocque. Dos adolescentes de 14 a 17 anos, 13% trabalham, contra 43% entre 18 e 24 anos. Destes, 41,8% têm carteira assinada — 19,2% atuam no programa ‘Jovem Aprendiz’.

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Rolé nos shoppings

Nem praia, nem cinema. O que os jovens favelados mais gostam de fazer é ir ao shopping. Segundo a pesquisa, nos últimos três meses 70% citaram a ida aos templos de consumo como principal atividade. A praia veio em segundo lugar, com 63%, e o cinema em terceiro, com 60%. O futebol é o esporte mais praticado, citado por 66% — a corrida foi apontada por 50%.
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Evasão assusta
A escolaridade também foi medida pelos pesquisadores e revelou que, na faixa após os 18 anos, a tendência é abandonar os estudos. Entre os 14 a 17 anos, 85% dos jovens estudam. Quando a mesma pergunta é feita para os que têm entre 18 a 24 anos, o percentual cai a 43%. A pesquisa revelou também que os jovens moram, em média, há 13 anos nas mesmas comunidades.
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Falta de renovação ameaça projeto
Não há garantia de que haverá nova rodada em 2015, já que o convênio ainda não foi renovado. Segundo a geógrafa Andréa Pulici, gerente de pesquisa do IPP, seria importante escutar outras comunidades pacificadas — 38 no total. Em 2013 foram 10 favelas; este ano, sete. A economista Katcha Poloponsky, que trabalha com Andréa, diz que este ano foram acrescentadas novas perguntas ao questionário. “Em 2013 perguntamos quais cursos eles frequentavam. Este ano, descobrimos quais eles gostariam de ter nas favelas.”
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'Tropa' no lixãoDivulgação

A 'tropa' no lixão

‘A tropa chegou, a tropa chegou, aqui é o papo é reto, bora com a Tropa do Afeto’, gritavam 80 palhaços no antigo lixão de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no último sábado. “Fizemos um cortejo, resgatamos brincadeiras populares e rolou até um esqui-barranco”, conta aos risos Wagner Seara, o Capitão Picuinha, um dos idealizadores do projeto.

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Mais articulação
Já foram 13 ações em quatro anos de Tropa do Afeto, todos em favelas e bairros carentes. Em 2015, a meta é maior. Segundo Wagner, o grupo agora busca aumentar a articulação com parceiros culturais e potencializar o trabalho. “Também precisamos de apoio financeiro para expandirmos a intervenção e ampliarmos as ações pós-tropa.”

Exposição na Maré

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Até o dia 31 de janeiro o Museu da Maré está com exposição em homenagem à poetisa Carolina Maria de Jesus. De terça a sábado, das 9h às 18h. Av. Guilherme Maxwell 26, Maré.
Natal em Gramacho
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Hoje, a ONG Corrente pelo Bem realizará sua 4ª Ação Social de Natal no lixão de Jardim Gramacho. O grupo pede a quem comparecer para levar donativos. A partir das 11h.
Festa na Lona da Maré
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Hoje, a partir das 10h, a Lona Cultural da Maré fará sua festa de encerramento, com direito a mutirão de grafite e contação de histórias. Rua Evanildo Alves, s/n, Maré. Grátis.
Rock & Blues no Prazeres
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O rock invadirá o Morro dos Prazeres hoje a noite. Vários DJs e grupos tocarão de Beatles a Pink Floyd, até Iron Maiden. Às 18h, na Praça Doce Mel. Entrada franca.
Casa Fluminense precisa
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Faltam apenas quatro dias para a Casa Fluminense conseguir angariar R$ 9 mil para o curso de Segurança Pública e Cidadã na Baixada Fluminense. A ideia é alcançar lideranças e ONGs da região. Para colaborar, acesse: benfeitoria.com/segurancapublicanabaixada.
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