Pais de jovem vítima de acidente envolvendo ultraleve participaram da homenagem no Hospital da PosseDivulgação
Hospital Geral de Nova Iguaçu faz homenagem a doadores de órgãos
Pais de jovem que morreu em acidente com ultraleve no município participaram da cerimônia
Nova Iguaçu - O Hospital Geral de Nova Iguaçu fez uma homenagem aos doadores de órgãos, em especial os pais da jovem Carolina Kethelim, vítima de um acidente envolvendo um ultraleve, no mês passado, no município. O casal retornou esteve na unidade para participar do primeiro plantio de uma árvore, simbolizando o crescimento de uma nova vida.
Mesmo em um momento de luto, Abner Ribeiro, de 54 anos, e Daniele Ribeiro, de 45, autorizaram a captação dos órgãos da filha.
“Muitas pessoas estão no leito de um hospital com a esperança de um dia conseguir a doação de um órgão. É importante que as pessoas se sensibilizem sobre este tema e ajudem quem precisa”, disse Abner, relembrando a dedicação da filha em sempre ajudar ao próximo.
Emocionada, Maria Cristina Lopes, de 53 anos, que autorizou a doação dos órgãos de seu marido, Carlos Alberto, falecido em maio deste ano, também destacou a importância de poder oferecer uma segunda oportunidade a quem aguarda na lista de espera pelo transplante.
“Quando acabou todo o processo de doação de órgãos do meu marido, a médica me disse que alguém, naquele dia, não ia mais precisar de hemodiálise. Que uma família ia sair da fila e parar de chorar pela situação que estava passando”, contou.
De janeiro a agosto de 2023, o Hospital Geral de Nova Iguaçu realizou 24 captações de órgãos. O número é 33% maior que o registrado em todo o ano de 2022, que contou com 18 captações efetivadas. Todo este processo é coordenado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que acolhe os familiares e explica sobre a doação de órgãos. Segundo o Sistema Nacional de Transplantes, mais de 65 mil pessoas aguardam por um órgão no Brasil.
“O HGNI está entre as cinco maiores emergências do estado e participa ativamente deste processo de captação de órgãos. As equipes desenvolvem um trabalho fundamental para acolher os parentes e cuidar desse potencial doador. Com isso, colaboramos para o aumento de captação de órgãos e tecidos para transplantes, diminuindo a lista de espera”, disse o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.
A médica Roberta Carvalho, coordenadora do CIHDOTT, agradeceu aos familiares e ressaltou a importância de cada um deles no processo de captação de órgãos.
“O plantio da árvore significa que uma vida que está nascendo, crescendo e florescendo graças às famílias que disseram sim em um momento tão delicado como o falecimento de um parente. Este é um marco que vai ficar na história do HGNI”.
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