Por adriano.araujo

Rio - A CCR Barcas registrou um aumento de 160% na demanda de passageiros da linha que atende a linha de Cocotá, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade, no segundo dia da greve dos rodoviários, em relação à média das quartas-feiras de maio de 2013. De acordo com a concessionária, até às 11h, foram transportados, aproximadamente, 3,9 mil passageiros no trajeto Cocotá-Praça XV.

Durante o período de rush da manhã, parte do contingente da concessionária consistiu em reforçar o efetivo na Estação Cocotá. Foram necessárias três viagens extras (6h40, 7h30 e 9h40) para atender à grande procura pelo transporte aquaviário na Ilha do Governador.

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No entanto, mesmo com o reforço na operação no Cocotá, a programação seguiu normalmente nas outras linhas pela manhã. O trajeto Charitas-Praça XV também teve aumento de demanda. Até às 10h, aproximadamente 4,4 mil usuários fizeram a travessia para a capital fluminense, número 7,5% maior que a média das quartas-feiras de maio do ano passado.

Para o rush da tarde, a CCR Barcas está se preparando para atender a um possível aumento na demanda de volta para casa, reforçando o efetivo na Estação Praça XV. Viagens extras poderão ser disponibilizadas, de acordo com a procura pelo serviço.

Recorde

Nesta terça-feira, primeiro dia da paralisação de 48 horas dos rodoviários, a CCR Barcas transportou cerca de 9.200 passageiros na linha do Cocotá, recorde de passageiros desde que a linha começou a operar. Segundo a concessionária, esse número é 110% maior que a média das quartas-feiras de maio de 2013.

Ainda de acordo com a concessionária, a demanda aumentou cerca de 30% (nos horários do rush) nos últimos meses e, com a interdição definitiva do Elevado da Perimetral e o fechamento do Mergulhão da Praça XV, a procura pelo serviço está ainda maior.

Metrô tem aumento de 2%

?O metrô registrou aumento de 2% na demanda de passageiros, até as 10h da manhã de hoje, comparado com a última quarta-feira. Segundo a concessionária MetrôRio, foram transportadas 5 mil pessoas a mais.

Ainda de acordo com a concessionária, seguem suspensos os serviços Metrô Na Superfície e Integração. Ontem, no primeiro dia da paralisação de 48 horas dos rodoviários, a concessionária registrou um aumento de 6%, o que corresponde a 15 mil passageiros a mais utilizando o sistema, comparado com a última terça-feira.

Nesta manhã, por volta das 6h36, uma composição da Linha 2 apresentou problemas técnicos na estação Cidade Nova, quando seguia no sentido Pavuna. Os passageiros tiveram que desembarcar na plataforma e aguardar até a chegada de outra para seguirem viagem.

A composição com problemas foi levada para o Centro de Manutenção da MetrôRio. Segundo a concessionária, essa operação levou cerca de 10 minutos. No total, os intervalos na Linha 2, sentido Pavuna, chegaram a 20 minutos. No início desta tarde, os intervalos são de 4 minutos e 30 segundos nas linhas 1 e 2. No trecho compartilhado pelas duas linhas, os intervalos são de 2 minutos e 15 segundos.

SuperVia não registra aumento

Ao contrário das concessionárias CCR Barcas e MetrôRio, a SuperVia não registrou aumento na demanda de passageiros. No entanto, a concessionária garante que continuará operando com seu esquema especial para atender a população, mesmo na Baixada Fluminense, onde a greve quase não teve adesão. Sendo assim, está mantido até as 21 horas o horário de pico.

Segundo a SuperVia, nos ramais Deodoro, Santa Cruz e Japeri, os intervalos entre as composições variam entre 8 e 15 minutos. Para Belford Roxo, há trens a cada 15 minutos. Em direção a Saracuruna, passageiros esperam entre 10 e 30 minutos. O Teleférico do Alemão funciona normalmente.

Com a adesão da Baixada Fluminense à greve dos rodoviários, a SuperVia "reformatou" sua operação. Além de oferecer mais lugares para a região, trens especiais foram colocados, no período da manhã desta quarta-feira, em Nova Iguaçu, Mesquita, Comendador Soares.

"Estamos operando com nossa capacidade máxima. Dos 1.620 milhão lugares que estamos oferecendo, foram colocados 18 mil a mais no ramal Japeri, para atender a população da Baixada", disse o diretor de operações da concessionária, João Gouveia.

Na terça-feira, a SuperVia também disse que não registrou aumento na demanda de passageiros. Segundo João Gouveia, "isto se explica pelo fato do trem depender de outros modais, como ônibus e vans, por exemplo. O trem é um transporte de alta capacidade e ele não se alimenta por si só", falou ele.

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