Por paulo.gomes

Rio - Um incêndio de grandes proporções atingiu três lojas da Saara, na Rua da Alfândega, no Centro da cidade, às vésperas do feriado do Dia das Mães, quando a região comercial tem aumento no número de consumidores para a realização de compras.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo foi controlado por volta das 8h30 e, neste momento é realizado o trabalho de rescaldo. Ninguém ficou ferido.

GALERIA: Foto destrói lojas na Saara

O fogo teve início ainda durante a madrugada desta quinta-feira e os bombeiros de cinco quartéis — Central, do Caju, de Copacabana, Vila Isabel e São Cristóvão — seguem trabalhando no local nesta manhã com o auxílio de 100 militares, 16 viaturas e pelo menos duas escadas magirus. Eles foram acionados às 5h. Sessenta mil litros de água foram usados para controlar as chamas. 

Entretanto, o presidente da Saara, Luiz Antônio Bap, disse que vigilantes que trabalham nas ruas da região disseram que o Corpo de Bombeiros só chegou ao local cerca de 25 minutos depois de ser acionado, apesar da proximidade com o Quartel Central. O coronel Ronaldo Alcântara, que assumiu nesta quarta-feira o comando da corporação, negou a demora. Segundo Bap, o possível atraso será averiguado, já que o prejuízo poderia ser menor.

Fogo atingiu seis lojas na Saara%2C no Centro do RioFoto%3A Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Segundo informações, o incêndio teria começado numa loja de roupas infantis e se espalhado para mais dois estabelecimentos comerciais, dentre elas tinham lojas de produtos plásticos, artigos de festas e de artesanato.

A fachada de um imóvel desabou e de outra caiu parcialmente. Por conta do combate do incêndio, a Rua da Alfândega está interditada entre as ruas Tomé de Souza e Regente Feijó.

A Defesa Civil também foi acionada e espera a conclusão do trabalho do Corpo de Bombeiro para verificar a situação dos imóveis. A Light informou que apenas um imóvel teve a energia desligada na Rua Senhor dos Passos a pedido dos bombeiros. Equipes da concessionária permanecem no local dando suporte necessário.

Bombeiros tiveram trabalho para conter fogo que atingiu seis lojas na Saara%2C no Centro do RioFoto%3A Carlos Moraes / Agência O Dia

O presidente da comissão de Defesa Civil da Alerj, vereador Márcio Garcia, disse que vai investigar as causas do incêndio e possíveis irregularidades nas lojas. Ele afirmou que as "gambiarras" feitas nas instalações preocupam e que será levantado se algum dos estabelecimentos atingidos tinha notificações, multas ou pedido de interdições. Ele também disse que será averiguado se houve negligência por parte do estado e município. 

"A população, quando ver uma instalação irregular, tem que denunciar. Nõs não temos a cultura de prevenção de incêndio. quanto entramos na loja olhamos o piso, a roupa do vendedor se está bonita, mas não vemos se existe alguma inslatação irregular", disse.

Uma multidão, entre curiosos e funcionários das lojas atingidas pelo fogo, se aglomera em torno do local do incêndio. A CET-Rio orienta os motoristas que trafegam na região.

Lojas calculam prejuízos

Ronaldo Santos, gerente de marketing da Caçula, a que mais foi atingida pelo fogo, lamentou o prejuízo em plena semana de compras do Dia das Mães, mas disse estar aliviado da loja não estar em funcionamento e com clientes dentro. Segundo ele, o estabelecimento de mil metros quadrados e com cerca de 100 funcionários tem oito anos, mas toda a estrutura era nova e estava em perfeito estado. Entretanto, os alarmes de segurança não foram acionados.

A rede se recuperar de um outro prejuízo provocado na Sexta-Feira Santa de 2013, quando a loja da Rua Buenos Aires pegou fogo. Ela será reinaugurada em junho. Os funcionários do estabelecimento atingido hoje serão realocados para as outras 14 lojas.

Bombeiros combatem chamas em estabelecimentos atingidos por incêndio na SaaraCarlos Moraes / Agência O Dia


Márcio Amaral, gerente da loja Maxi Biju, que vende bijuterias, disse que os prejuízos são incalculáveis no momento que começou a crescer a venda no comércio por conta do Dia das Mães. Ele espera que amanhã esteja tudo restabelecido.

Já Isabelle Mayara, de 19 anos, vendedora da SuperLoja, que teve dois estabelecimentos interditados, disse que viu o incêndio na tevê e foi para o local para saber quais providências seriam tomadas. "Não sei quando vou voltar a trabalhar, e aconteceu logo no dia do pagamento", lamentou. O local emprega 14 pessoas.

?Colaborou: Adriano Araújo

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