Inauguração de policlínica em Magé é a primeira solicitação de morador da região atendida em 2014
Por clarissa.sardenberg
Rio - O sonho de Ilma de Araújo Moreira, 65 anos, era ver a Policlínica Municipal de Santo Aleixo, em Magé, aberta novamente. Além de ficar a cerca de 50 metros de sua casa, foi no local que ela teve os três filhos (dois homens e uma mulher). “Há uma ligação emocional com a clínica. Quantas vidas poderiam ter sido salvas se não tivesse fechado?”, diz ela, que não segura o sorriso, ao mostrar o lugar.
Seu desejo, como o de outros 12 leitores - cada um de uma cidade da Baixada Fluminense - foi publicado pelo em 22 de dezembro, em um Especial Pedidos para 2014. Entregues aos respectivos prefeitos, o dela foi o primeiro a se realizar. No dia 15, a Policlínica Municipal de Santo Aleixo, que funciona 24 horas, foi reaberta.
Ilma e o marido Carlin Moreira voltaram a se consultar na unidade de saúde que ficou fechada há cinco anosEstefan Radovicz / Agência O Dia
“Fazia muita falta aqui”, conta Ilma, que vive numa região com 11 mil habitantes. Seus moradores, enquanto a unidade esteve fechada, tinham de percorrer 12,3 quilômetros para chegar ao atendimento médico mais próximo, no Centro do município ou no distrito de Piabetá, a 15,2 quilômetros dali.
Reaberta, a unidade, além de oferecer clínica médica e pediatria de emergência, conta com um centro cirúrgico para realizar procedimentos de baixa e média complexidades. Possui 50 leitos, em oito enfermarias.
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“Foi uma glória!”, exclama Carlin Moreira, 67, marido de Ilma: “Sentia uma tristeza muito grande ao passar e ver a policlínica fechada.”
Suporte para internação de pacientes
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Para o secretário de Saúde de Magé, Sidney Cerqueira Couto, a Policlínica Municipal de Santo Aleixo vai servir de suporte para a internação dos pacientes dos hospitais da cidade.
“Temos farmácia própria, eletrocardiograma, raio-X e um laboratório equipado com aparelhos para análise clínica”, garante o secretário. Há ainda lavanderia e refeitório próprios. “Vamos economizar, pois não precisaremos terceirizar o serviço”, ressalta.
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Segundo o secretário de saúde, somente em março é que 70% da capacidade estarão à disposição das pessoas. “Mas já estou feliz”, comemora Sidney. Ainda de acordo com ele, os equipamentos são capazes de oferecer o resultado de um hemograma completo em meia hora.