Por ramon.tadeu

Rio - A sequência de resultados ruins nos índices que avaliam a Educação e colocam Japeri na lanterninha do estado não tira a esperança da secretária Roberta Bailune. Para ela, as políticas públicas implementadas nos últimos anos darão resultados nos próximos testes.

Roberta listou ações que tem adotado. Vão desde o ensino integral em 26 das 33 escolas da rede até programas de incentivo a leitura e premiação aos melhores estudantes da rede, que tem 16.848 alunos. Há ainda um grupo de pedagogos e psicólogos que dão assistência a alunos e pais. “Queremos formar cidadãos completos e seres humanos plenos”, diz ela. “Tenho certeza de que os resultados vão melhorar.”

Entre os programas estão o Mais Educação%2C que oferece oficinas de música%2C pinturas%2C dança e reforço escolarEstefan Radovicz / Agência O Dia

Os alunos do ensino integral passam sete horas na escola. “É a comunidade escolar que decide quais cursos vai querer e de acordo com suas necessidades”, explica Roberta, comemorando que, desde 2012, há em cada escola um conselho, formado por alunos, pais e professores. Entre os programas estão o Mais Educação — que oferece oficinas de música, pinturas, dança e reforço escolar — e Segundo Tempo, esportivo. Todos parcerias com o governo federal. “Nem dá vontade de sair”, garante a estudante Jeniffer Beatriz, 13. “Dá satisfação, porque os projetos divertem e ensinam.”

Para Alejandra Velasco, do Todos pela Educação, eles estão no caminho certo, “que é entender o aluno como alguém em formação da cidadão”. “O ensino integral deveria ser adotado por todos.”

Vinte e seis escolas funcionam em ensino integral. Rede tem 16.848 alunos Estefan Radovicz / Agência O Dia

Prefeito e Supervia não se entendem

O camelô Antônio Martins, de 78 anos, lamenta não ter lugar para trabalhar, em Japeri. “Tenho que ficar atento à chuva, senão, perco mercadoria”, diz ele. Até 2012, no entanto, não era assim. Ele ocupava um box no camelódromo, ao lado da Estação de Engenheiro Pedreira. Pegou fogo. E, agora, além do prejuízo de R$ 10 mil, ficou sem espaço. O prefeito da cidade, Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, negocia com a Supervia terreno próximo à estação, para destinar os profissionais. Mas, segundo ele, a conversa não vai para a frente.

“A Supervia pediu que eu retirasse os camelôs da estação. Retirei e os coloquei próximo dali. Mas pegou fogo. E precisei que ela cumprisse o acordo, que era eu tirar e ela me ceder o terreno. Eles não estão cumprindo o acerto”, reclama o prefeito.

Para Gedeão Paulo Ferreira Rodrigues, 43 anos, outro camelô, a situação provisória está ruim. “Não sabemos quando vamos mudar. Só sabemos que não vamos ficar. Não dá para fidelizar o cliente”, explica ele.

Procurada, a Supervia, via assessoria de imprensa, informou que nunca houve acordo: “Houve um pedido do prefeito Timor para a cessão do terreno. Mas que não poderemos atender nos moldes apresentados.” A Supervia acrescenta que “já há um projeto para o terreno,mas, caso o município queira conversar sobre outro espaço, está à disposição”.

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