Por ramon.tadeu

Rio - Cinco candidatos da Baixada Fluminense terão de prestar contas até terça-feira ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), para tentar salvar suas candidaturas a deputado estadual ou federal nestas eleições. São eles o ex-presidente da Câmara de Mesquita André Taffarel (PT); o ex-presidente da Câmara de Magé Rozan Gomes (PTB); e os deputados estaduais Ricardo Abrão (PDT), de Nilópolis; Samuquinha (PR), de Duque de Caxias; e Waguinho (PMDB), de Belford Roxo.

No entendimento do Ministério Público Eleitoral, todos se encaixam na Lei da Ficha Limpa, que deixa inelegível por oito anos quem já foi condenado criminalmente por órgão colegiado ou teve suspensão dos direitos políticos em condenação por improbidade administrativa. Ao ‘Baixada’, todos se disseram inocentes.

O TRE-RJ prometeu julgar todo mundo até 21 de agosto. Não significa, porém, o fim da linha para eles.

Se o tribunal mantiver o entendimento do Ministério Público, os cinco candidatos ainda poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto isso, a campanha segue normalmente, com caravanas nas ruas e nomes na urna eleitoral.

O procurador regional eleitoral Paulo Roberto Berenger, que entregou a lista à Justiça Eleitoral, afirma que, com “a Lei da Ficha Limpa, será mais fácil barrar candidatos que apresentem antecedentes processuais ruins”.

Candidatos se defendem e afirmam ser inocentes

Procurados pela reportagem, André Taffarel, Ricardo Abrão, Samuquinha e Waguinho se disseram inocentes ou injustiçados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Todos afirmaram já ter apresentado suas respectivas defesas ao TRE-RJ.

Filho do ex-prefeito de Nilópolis Farid Abrahão David e no segundo mandato, o deputado Ricardo Abrão lamentou que “todos sejam jogados numa vala comum”. Para ele, quando o MPE divulga os nomes de forma indiscriminada, todos viram ficha suja. “Minha candidatura não foi impugnada. O TRE ainda vai julgar e tenho certeza de que acolherá a minha defesa”, garante.

André Taffarel, de Mesquita, também criticou a postura do MPE. “Quando vi meu nome na lista, lamentei, pois fui processado por um erro de interpretação do Tribunal de Contas. Não tenho condições nem de contratar um advogado para me defender. É o partido que vai disponibilizar um. Não roubei dinheiro público para dizerem que sou ficha suja”, reclama.

Já o deputado Waguinho, de Belford Roxo, contemporizou, dizendo ser esse o papel do MPE, e a advogada do deputado Samuquinha, de Caxias, reclamou da redação da lei.

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