Rio - No início do Século 17, próximo da foz do Rio Miriti já havia notícia da existência da comunidade de Trairaponga, formada possivelmente por cristãos novos. Somente na década de 1640 é que se tem notícia da ação cristianizadora na região do Miriti. Foi no prelado eclesiástico do padre Antônio Marins Loureiro que a Cruz de Cristo foi erguida no povoado, surgindo em 22 de Janeiro de 1.645 uma capela e confirmada pelo Rei João IV com o nome de Igreja de São João Batista de Trairaponga, por alvará de 10 de fevereiro de 1647.
A pequena e tosca capela serviu como Matriz até l.660 quando a construção entrou em ruínas e foi erguida outra, de pedra e cal, em sítio mais perto do rio. Para esse novo local foi transferido o orago e a pia batismal, mudando o nome de Trairaponga para Freguesia de São João de Meriti. Essa igreja também entra em ruínas e é construída outra em 1708, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, por João Correia Ximenes (confesso cristão novo), nas terras da atual Pavuna, ali permanece até 1.747.
A antiga comunidade de Trairaponga movimenta-se e com o padre Ângelo de Siqueira, constrói novo templo no local onde deu origem ao orago dedicado a São João Batista de Meriti. A capela tinha cinco altares, dedicados a São João, Nossa Senhora da Conceição e do Rosário, Santo Antônio e São Miguel. Na paróquia, havia três irmandades: de Nossa Senhora da Conceição, do Rosário e do Santíssimo Sacramento, que eram as responsáveis pelo cemitério da Igreja.
A paróquia como sede da Freguesia compreendia mais cinco capelas: a de São Mateus, na Fazenda São Mateus, hoje Nilópolis e fundada em 1637; a de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Porto (atual Pavuna); de Nossa Senhora da Conceição do Sarapohy, (atual bairro do Gramacho); de Nossa Senhora d’Ajuda e a de Nossa Senhora de Bonsucesso, construída no engenho da Covanca, em 1728 também em Meriti.
Os limites da Freguesia confrontavam-se com as de Santo Antônio de Jacutinga (ao Norte); Nossa Senhora da Apresentação de Irajá (ao Sul) e Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, pela Serra de Jericinó. Segundo Monsenhor Pizarro, a região tinha muitas fazendas, dois mil habitantes e duzentas e dezesseis casas.
Em 1875, é construída nova paróquia no centro da atual cidade de São João de Meriti, passando ser a sede com o nome de São João Batista de Meriti, e a antiga igreja entra em processo de ruínas, até que o bispo diocesano de Barra do Piraí, Dom Guilherme Mueller, promove uma grande reforma em 1930, mudando o nome para Igreja Santa Terezinha do Menino Jesus, no Parque Lafaiete, em Duque de Caxias.
