Com o lema Festa Pobre, inspirado na canção ‘Brasil’, de Cazuza, profissionais da Educação de Seropédica fizeram dois protestos em frente à prefeitura contra a falta de condições de trabalho e baixos salários. Eles reivindicam aumento de 20%, auxílios transporte e refeição e redução da carga horária de 40 horas para 30 horas dos funcionários administrativos.
A categoria pede ainda alteração da nomenclatura de merendeira para cozinheira escolar. O aumento pedido é para os auxiliares de serviços gerais, merendeiras, inspetores, secretários e professores I e II. Os salários variam atualmente entre R$ 720 a R$ R$ 1697.
Cerca de 300 profissionais participaram da manifestação no dia 8 e de um ato silencioso na quarta-feira, devido à morte do vice-prefeito Zealdo Amaral. O movimento foi organizado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).

Segundo a categoria, uma paralisação de 24 horas, passeata e protesto na Câmara seriam feitos na quarta-feira. “Em virtude da morte do vice-prefeito, os atos foram silenciosos, pois os profissionais da Educação são solidários à família”, diz o inspetor Altamiro Costa, que afirma que os funcionários concursados estão recebendo menos que contratados para exercer a mesma função.
A inspetora Abinoa Ferreira diz que, por falta de auxilio transporte e o baixo salário, sobram apenas R$ 400 para viver. “Tenho um salário base de R$ 739, enquanto um monitor contratado para fazer a mesma coisa ganha R$ 1.077. Isso é inadmissível”, diz ele.
A secretária de Educação e primeira-dama da cidade, Lucia Barone Martinazzo, informou que recebeu representantes do Sepe na terça-feira e garantiu que as reivindicações da categoria serão atendidas até 2015.