Há 38 anos, um grupo de amigos resolveu fazer uma festa para reunir ex-moradores de Paracambi. A coisa deu tão certo que o encontro se repete até hoje. O evento é realizado sempre no último domingo de setembro, na primavera, com o apoio da prefeitura.
As atividades começam às 9h, com uma missa, e acabam às 22h, após o Baile do Reencontro no Clube Municipal Cassino. A atração deste ano são o grupo Golden Boys e a banda Stillo.
As histórias de casais que se conheceram durante o baile são muitas. José de Paula Santos, 75 anos, e Maria Celeste Ermida Pereira, 75, é um deles. Eles cresceram juntos, tiveram um namorico aos 15 anos e depois se afastaram.
José conta que ela “era areia demais para o caminhãozinho dele”. Resultado: ele saiu de Paracambi, casou, teve quatro filhos, ficou viúvo, casou de novo, se separou e reencontrou Celeste há três anos no baile. “Foi muita emoção rever a mulher dos meus sonhos. Não tenho o que dizer dos meus outros relacionamentos, mas, na verdade, nunca esqueci a Celeste”, conta.

Depois do baile, marcaram no Forte de Copacabana, bairro onde mora e, de lá para cá, é só felicidade. “Desde então vamos juntos ao baile. Ela será sempre minha garotinha de 14 anos”, conta o funcionário público
Já o aposentado Eduardo Cruz, de 56 anos, conta que estava meio perdido quando encontrou seu amor no Baile do Reencontro. “Minha mulher, Rita de Cássia, de mais de 20 anos de casamento, tinha morrido há pouco. Andava arrasado e sem esperança”.
Cruz, que mora em Paracambi, só foi ao baile no ano passado pela insistência da filha Taryane, 26. “E lá estava ela, em uma mesa. Chamei para dançar e estamos juntos até hoje”, conta.
O nome da namorada é Rita de Cássia, de 51, artesã de Nova Iguaçu. “Encontrei minha segunda Rita”, festeja.