Sebastião de Arruda Negreiros nasceu em 28 de março, na localidade de São Pedro,em Piracicaba, Estado de São Paulo. Era filho de João Pereira de Arruda e de Eufrosina Leite de Negreiros. Fez seus estudos primário, médio e secundário na Escola Normal em Piracicaba e o superior na Faculdade Nacional de Direito. Começou a lecionar com 20 anos no Município de Cachoeira Paulista, em um Grupo Escolar, e tornou-se depois diretor daquele educandário.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1912, conseguiu trabalho como comissionado pelo Ministério da Marinha, com tarefa inicial de reformular o ensino primário mantido pela Marinha e acabou lecionando na Escola de Marinheiros. No Rio de Janeiro, acabou fixando residência em São João de Meriti. Naquela época, Meriti era o 4º Distrito do município de Iguaçu e nesse distrito foi subdelegado e granjeou a admiração dos meritienses, que lhe motivou a candidatura a Vereador, tendo sido eleito para a Câmara Municipal de Iguaçu em 1922, da qual foi seu presidente.
Arruda Negreiros foi casado com Laura Freire de Arruda, e sua família era composta de Eloah Freire Arruda, Mauro Freire de Arruda (médico) e Walter Freire de Arruda (advogado). Em que pese ter participado como prefeito-interventor de um governo ditatorial, Arruda exerceu esta função muito mais como missão do que como vaidade política pessoal. Luiz Azeredo, redator do correio da Lavoura à época, afirmava que “era um homem inteligente, honesto e de espírito público” e o Historiador Ney Alberto, que com ele também conviveu, disse que “o admirava por ser um homem corajoso e dinâmico”
De volta as obras de Arruda. O ano de 1930 foi o das estradas Iguaçuanas. Segundo o Prof. Ruy Afrânio, construiu estradas em distritos onde antes passavam apenas carroças. Foram reaparelhadas as Estradas: Dr. Plinio Casado ligando Nova Iguaçu a Belford Roxo. De Nova Iguaçu-Anchieta, de Madureira-Cabuçu, do Ypiranga, do Guimbu, de Santa Rita, de Morro Agudo a Austin, do São Bento, de São João de Meriti-Caxias, de São João de Meriti-Nilópolis, de Actura, da Rio-Petrópolis-Magé, de Xerém, de Santa Branca-Bonfim. Em São João de Meriti, fez grandes obras de aterros, água e luz, possibilitando ampliar o território ocupável.
Outro vetor do saneamento foi o abastecimento de água potável. Explorou mananciais em Nova Iguaçu iniciando os trabalhos para captação no Rio da Cachoeira e mandou sangrar a adutora do Rio D’Ouro para atender às populações marginais. Manteve assim, uma política permanente de abastecimento, inaugurando os chafarizes que eram as bicas públicas de água. Em outro artigo vamos falar da Educação e Saúde e sua trajetória política.