Por adriano.araujo
Igreja de São João Batista%2C de 1684%2C reconstruída entre 1725 e 1742Divulgação

Rio - Sabe nada quem pensa que Itaboraí nasceu com o Comperj. Basta passar pela Praça Floriano Peixoto, na colina central, para perceber que o orgulho dos moradores vem de muito longe. É onde fica a sede da prefeitura, o palacete do século 18 do Visconde de Itaboraí, que foi o primeiro presidente da província do Rio de Janeiro, e cansou de hospedar Dom Pedro II.

O sortudo inquilino atual é o prefeito Helil Cardozo, que tem boa notícia. “Vamos aproveitar a arrecadação para investir em monumentos históricos. A reforma da Igreja de São João Batista começa em um mês”, promete. O templo barroco, do século 17, com sua imponente torre única, anda mesmo precisando de uma reforma. E merece: foi ali, na capela erguida no ano de 1684, que começou a surgir o núcleo urbano.

A prefeitura e a matriz não são as únicas surpresas de alto quilate que Itaboraí guarda para as centenas de milhares de trabalhadores que chegarão nos próximos anos por causa do Comperj. “Vamos capacitar nosso Museu Paleontológico para resgatar as ossadas que estão no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista”, planeja o prefeito.

Ele quer recuperar o primeiro túnel ferroviário do Rio e não vê a hora de a Petrobras reabrir a visitação as ruínas do Convento de São Boaventura, dentro do terreno do Comperj. Ele e a torcida do Mengão. Alô, Petrobras!

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