Por thiago.antunes
Rio - O Porto do Açu, que passou a operar oficialmente em outubro, em São João da Barra, no Norte Fluminense, tem mudado o dia a dia da cidade. De olho nas perspectivas de trabalho em empresas chinesas que devem chegar à região, atraídas pelas facilidades do complexo logístico, um grupo de jovens passou a conhecer e praticar o mandarim, língua oficial da China. Dezessete formandos do curso, oferecido gratuitamente pela Câmara de Comércio Brasil-China, foram diplomados dia 19.
Em julho, o grupo chinês JAC Motors admitiu transferir o projeto de construir uma fábrica na Bahia para o Estado do Rio, mais precisamente no Açu. Já em 2012, a siderúrgica estatal chinesa Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco) desistiu de construir uma siderúrgica na região, alegando que o parceiro brasileiro não havia investido a infraestrutura necessária para o projeto. A Wisco possuía 21,59% das ações da MMX, braço de mineração do grupo EBX, de Eike Batista, que deu origem ao porto.
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Esta é a segunda turma de mandarim na cidade. No ano passado, 46 alunos se formaram e dois fizeram intercâmbio na China. Gustavo Wyszomirski e Rommenik Ribeiro participaram do intercâmbio Summer Camp, na Universidade de Hebel, em Baoding. “O Brasil e a China são grandes parceiros econômicos e essa relação deve continuar e até crescer. É muito interessante termos mais formandos de mandarim em São João da Barra, principalmente diante do desenvolvimento em que o município se encontra”, disse o representante da Câmara, Carlos Eiras.
De acordo com a secretária de Educação e Cultura, Leide Cristina Fernandes, São João da Barra foi o município pioneiro na oferta do ensino de língua chinesa para alunos da rede municipal quanto para os demais moradores, de forma gratuita.