Rio - A partir de 2 de fevereiro, motoristas que cruzam a BR-101 no trecho operado pela concessionária Autopista Fluminense no Estado do Rio vão pagar mais caro. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou ontem o reajuste e a revisão da tarifa básica de pedágio na rodovia. Com o aumento de 11,76%, a nova tarifa passa de R$ 3,40 para R$ 3,80. O valor é cobrado em cinco praças de pedágio: Km 40 (Campos dos Goytacazes); Km 123 (Conceição de Macabu); Km 192 (Casimiro de Abreu); Km 252 (Rio Bonito) e Km 299 (São Gonçalo).
Apesar do aumento, as obras de duplicação da rodovia, iniciadas em agosto de 2011, seguem em ritmo lento e podem atrasar. É o que afirma o gerente regional da Firjan em Campos dos Goytacazes, Luiz Mario Concebida. “Teoricamente, tudo indica que a obra vai ficar pronta até o prazo (fevereiro de 2017), mas, na prática, para a gente que acompanha a estrada todos os dias, fica uma expectativa ruim. Não vejo avanços”, diz ele, ao lembrar que a construção do trevo de Macaé levou um ano para ficar pronta.
Segundo Concebida, a demora pode trazer prejuízos para o polo industrial da região Norte Fluminense, alavancado pelo Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra. “A Firjan apresentou em janeiro de 2014 um estudo sobre o aumento nos custos das indústrias por causa do tempo elevado nas viagens dos caminhões. Para se ter ideia, uma viagem de Campos ao Rio leva entre 4h40 e 5h30. E não são só as viagens de entrega que são prejudicadas porque empresário também viaja de ônibus. Com esse possível atraso nas obras, haverá ainda mais aumento no custo da viagem, que se torna mais longa e demorada.”
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Autopista garante que não há atraso
Com investimento de R$ 850 milhões, a duplicação de 176,6 quilômetros da BR-101/RJ, entre Rio Bonito e Campos, é a maior obra do contrato de concessão, segundo a Autopista Fluminense. Serão construídas 42 pontes e viadutos e 15 pontes alargadas. A obra terá ainda plantio compensatório de 145 mil mudas de árvores. A concessionária garante que não há atraso e o projeto será entregue até o final do contrato. De acordo com a empresa, hoje são mantidas obras em 81 quilômetros da rodovia.
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Para Odílio Ferreira, diretor-superintendente, as obras são importantes e trarão mais conforto e segurança aos usuários. “Temos ciência da importância da rodovia para o desenvolvimento econômico da região. Por isso trabalhamos de forma intensa para que as obras transcorram dentro dos prazos”. Segundo a empresa, o número de mortes em acidentes na BR-101 caiu 12% em 2014.
Reportagem de Vinícius Amparo
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