A atividade teve de ser interrompida durante duas horas. Após a chegada da PM, os ativistas foram avisados do risco e saíram da área isolada. Uma mulher permaneceu e acabou detida. Na 151ª DP (Nova Friburgo), ela foi autuada por resistência e desobediência e foi liberada. Apesar dos conflitos diários no local, a Secretaria da Defesa Civil pretende retomar os trabalhos a partir desta quarta-feira.

"As pessoas estão impedindo a secretaria de fazer seu trabalho, que é minimizar riscos à vida delas próprias. Fica difícil agir assim. Desde 2012 já caíram cinco árvores e dois galhos. A gente fez um estudo técnico, constatou que alguma medida deveria ser tomada, só que as pessoas não querem deixar nos deixar trabalhar”, comentou o secretário, de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori, ao admitir que a situação ficou complicada.
A jornalista Sheila Santiago, de 50 anos, uma das líderes do movimento contra a derrubada das árvores, que chamam de “assassinato”, diz esperar que a manutenção da praça não ocorra de forma desordenada. “A gente esperava um trabalho de reparo, não uma devastação. A prefeitura está fazendo cortes absurdos. É um crime ambiental. Não estão cortando apenas as árvores em estado ruim, as boas também. Já estamos com quase duas mil assinaturas e vamos continuar a luta”, disse ela, que pretende levar o caso ao Ministério Público Federal. O grupo criou uma página no Facebook — ”Nova Friburgo, cidade das árvores assassinadas”, para denunciar.