Petrópolis (RJ) - Petrópolis ganhou um novo ponto turístico, a locomotiva A Baroneza. A composição foi totalmente restaurada e ficará agora em exposição em frente à antiga estação de trem, atual Centro Cultural de Nogueira. Fabricada no século 19, a locomotiva será uma atração a mais à Praça de Nogueira, que foi recentemente revitalizada e passou a contar com área de convivência, parquinho infantil, chafariz, novo mobiliário urbano; além de melhorias na iluminação, vias de acesso e nas calçadas.
A locomotiva é um dos poucos exemplares ainda preservados no Brasil, relembrando tempos inesquecíveis desta antiga estação de trem na Praça de Nogueira, construída em 1908, onde atualmente funciona o Centro Cultural Estação Nogueira que abriga uma biblioteca, o Museu do Trem, um auditório e espaço para exposições e eventos culturais. É um resgate da memória ferroviária e da história da indústria petropolitana.

A Baroneza operou por muitos anos na Companhia Petropolitana de Tecidos e foi doada ao município pela Associação Fluminense de Preservação Ferroviária. Adquirida no final do século 19 pelo Barão Matos Vieira, recebeu este nome em homenagem a sua esposa e por sua dedicação à população local. A locomotiva transportava os teares e maquinário da fábrica, através da manobra de vagões de carga, no pequeno ramal, próximo à Estação Ferroviária de Cascatinha.
“Com a restauração e entrega da Baroneza estamos completando a obra de revitalização da Praça de Nogueira. Estamos cumprindo um compromisso com os moradores do bairro firmado logo nos primeiros meses de governo. A locomotiva, além de dar mais charme ao local, vai induzir o turismo fortalecendo vocação turística de Nogueira”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
A locomotiva foi restaurada pelo especialista Móises Naime, que encontrou a composição há 15 anos em um depósito na região de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. “Ter esta locomotiva restaurada e exposta para a população é um motivo de orgulho”, disse o coordenador do Grupo Petrópolis de Trabalho GT-Trem e vice-presidente da Associação Ferroviária, Antônio Pastori. Segundo ele, das 3.500 composições que existiam no Brasil nos áureos tempos das estradas de ferro, restam atualmente menos de 500. “Cinco dessas foram fabricadas em Petrópolis, nas oficinas do Alto da Serra”, contou.
A presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Thaís Ferreira enalteceu a história ferroviária petropolitana e a ligação das estradas de ferro com a cidade. “É merecedor um povo que tem memória e que cuida da sua história”, frisou. O presidente da Associação Ferroviária, Luiz Carlos Oliveira destacou que dos 28 km de estrada de ferro que existiam em Petrópolis, restam apenas 50 metros. “E eles estão aqui, nesta praça”, disse.