Macaé (Rj) - Com uma política de atendimento humanizado, Macaé tem se tornado uma referência no tratamento e prevenção das DST/Aids. Levantamento divulgado esta semana pela Secretaria Municipal de Saúde mostra uma redução de 63% nos casos de Aids notificados no município, no primeiro semestre de 2015. De acordo com o levantamento, entre janeiro e julho de 2014 foram notificados 65 casos, contra apenas 24 registrados no mesmo período de 2015. Mais do que prevenir a Aids, Macaé também vem se destacando na política de tratamento, oferecendo atendimento diferenciado, sigiloso e humanizado a todos os pacientes com casos confirmados ou suspeitos de DST/Aids.
O tratamento das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e da Aids, em Macaé, é pautado em ações sistemáticas de prevenção, assistência e vigilância epidemiológica, tendo como foco o usurário. O Programa Municipal DST/Aids conta com uma equipe multidisciplinar, que permite maior resolutividade e humanização no atendimento.
A sede do programa, localizada na Rua Velho Campos, 354, Centro, oferece testes anti-HIV (diagnóstico), sífilis (treponêmico) e hepatites B e C (triagem) com acompanhamento e entrega de resultados em até 30min. Técnicos qualificados do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) desenvolvem o trabalho.
A coordenação do programa ressalta que a Aids não tem cura e sim tratamento, e é considerada uma doença crônica, como a hipertensão e diabetes. Quanto mais rápido for o diagnóstico da doença, melhor será a qualidade de vida do usuário. Os principais meios de transmissão da doença são as relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha), compartilhamento de seringas e a transmissão vertical (mãe para bebê).
Para fazer as testagens, o interessado deve levar documentos originais com foto como Identidade, Carteira de Trabalho e/ou Passaporte. Quem não conseguir realizar as testagens no dia, poderão agendar atendimento através dos telefones (22) 2796-1704 e 2796-1234, no horário de 9h às 12h e de 14h às 17h.
Enquanto Macaé comemora a baixa na incidência de HIV, o Estado do Rio de Janeiro ainda carrega a marca de ser o segundo do país com o maior número de casos registrados. Em 2014, o Ministério da Saúde divulgou os números da Aids no Brasil. O Rio de Janeiro é o segundo estado com a maior taxa de mortalidade pela doença no país. Os números também trouxeram outra preocupação: o aumento da incidência da Aids entre jovens.
A taxa de casos de Aids no Brasil se estabilizou, nos últimos anos. Mas novos casos continuaram a surgir a cada ano. Só em 2013, foram registrados 40 mil casos no país. Ou seja, são 20,4 casos em média para cada grupo de cem mil habitantes. No Rio de Janeiro esse índice é de 27,6 casos.
A queda na taxa de mortalidade nos últimos dez anos foi de 13%. No Brasil, o índice de mortes é de 5,7 para cada grupo de cem mil habitantes, enquanto que no Rio são 9,1 óbitos para cada grupo de cem mil habitantes, sendo o segundo maior índice do país.
