Por gabriela.mattos
Rio - Com a Rio 2016 batendo à porta, a expectativa de receber a tocha olímpica já movimenta diversas cidades do Estado do Rio de Janeiro. Além das oito onde a chama pernoitará até chegar ao seu ponto alto, o Maracanã, estima-se que outras 40 cidades participarão do trajeto. Ou seja, quase metade dos 92 municípios fluminenses. Serão, ao todo, 300 cidades brasileiras onde os moradores terão o gostinho da ver de perto do símbolo olímpico, seja pelo revezamento ou apenas na passagem do comboio.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos só divulgará a lista completa e oficial, além de mais informações sobre a organização do roteiro, no fim de fevereiro, mas cidades como Saquarema, Belford Roxo, Arraial do Cabo, São João de Meriti, Itaperuna e Nilópolis já estão se preparando. Ao redor dos nomes dos escolhidos para o revezamento, outro mistério. As prefeituras afirmam que participam de forma muito superficial nas escolhas, já que boa parte dos atletas ou personalidades que participarão será escolhida pelos organizadores. “Vamos receber a tocha bem perto da abertura dos Jogos e estamos muito felizes com isso. Vamos sugerir alguns nomes relevantes no esporte da nossa cidade, mas serão poucos.
Conrado Pereira%2C coordenador da passagem da Tocha Olímpica no estado%2C faz medições em Angra dos ReisDivulgação

Eles (os organizadores) são muito exigentes”, afirma a prefeita de Saquarema, Franciane Motta.
Belford Roxo é um dos quatro municípios da Baixada em que a população poderá ver a tocha de perto — as outras são Nilópolis, São João de Meriti e Nova Iguaçu. “É uma honra para o município. Vamos envolver a população, escolas e atletas. Vai ser um momento único para a história da cidade”, disse o prefeito Dennis Dautmann. A prefeitura já escolheu algumas pessoas da cidade para o revezamento. As demais, serão indicadas pelos patrocinadores. “Ao longo do percurso, nenhuma propaganda pode ser feita”, explicou. Telões no início e final do trajeto também deverão ser montados.

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O município de Itaperuna será o primeiro do estado a receber a tocha, no dia 16 de maio, às 15 horas. De acordo com o prefeito Alfredo Paulo Marques Rodrigues, o Alfredão, será um marco na história do município. “É um projeto de proporções gigantescas que certamente ficará marcado na história da nossa cidade. Um momento único, onde os olhos do Mundo estarão voltados para as Olimpíadas. É um grande privilégio receber o Revezamento da Tocha Olímpica em terras itaperunenses. É até difícil imaginar a emoção que nós, itaperunenses, iremos sentir nesta data tão especial”, afirma.
O revezamento chega a Arraial do Cabo no início de agosto e vai passar pelos principais pontos turísticos da cidade. Para o secretário de Comunicação, Edmilson Félix, é uma honra para a cidade estar entre as 300 que receberão a tocha olímpica. “O evento é tão democrático que permite aos cidadãos cabistas participar do revezamento ao lado de grandes nomes do esporte, simbolizando um momento histórico de integração entre os povos. Será uma grande festa de união e mais um incentivo de peso para os nossos atletas locais”, disse o secretário.
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A expectativa é que a passagem da Tocha Olímpica gere uma economia positiva nos municípios fluminenses. Durante a preparação, muitas cidades também recebem projetos nas escolas para garantir o engajamento da população.
Angra dos Reis quer mostrar seus pontos turísticos
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Em Angra dos Reis, primeira do estado onde a tocha pernoitará — as outras são Cabo Frio, Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis e Volta Redonda —, a preparação pretende apresentar ao mundo as belezas locais. Por ser a 75ª cidade a receber o símbolo, a previsão é que passe por lá nos dias 27 e 28 de julho. Além do continente, a tocha também passará por Ilha Grande. Uma grande festa marcará o encerramento do roteiro pela cidade na Praia do Anil.
O diretor executivo da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), Nilton Júdice, afirma que os moradores poderão celebrar a cultura e o esporte locais. “É o momento em que Angra vai se olhar no espelho. Mais importante do que mostrar uma cidade turística, queremos mostrar uma Angra humana. Por isso, queremos que a tocha passe por pontos históricos e importantes da nossa cidade”, adianta.
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Reportagem da estagiária Rita Costa