O Rio de Janeiro vive uma nova onda e bons ventos. Nossa cidade, que é o rosto do Brasil em nível global, abrigará no ano que vem a reunião dos chefes de Estado e governo das 20 maiores Economias do mundo, o G20, que deverá marcar o retorno dos grandes eventos ao cenário de uma das vistas mais belas do mundo.
Um evento dessa magnitude reposicionará a nossa capital como referência internacional durante semanas em todo o noticiário dos principais veículos de comunicação do planeta. O G20 servirá de cartão de visitas para potencializar ainda mais a indústria do turismo de negócios, que marcou presença recentemente com o WebSummit, com a atração de mais de 20 mil pessoas de todas as regiões de país e do exterior.
A esse sucesso se seguirá a criação de uma ação permanente, um fundo público da Prefeitura do Rio que promete apoiar empresas de tecnologia que escolham a nossa cidade para se instalar e desenvolver sua inovação.
Outro setor que tem trazido negócios estratégicos para a capital é o de óleo e gás, com companhias transnacionais escolhendo o Rio de Janeiro como sede de suas subsidiárias no país. O novo boom da indústria de petróleo deve gerar 400 mil empregos de qualidade no Brasil até 2030, sendo boa parte deles em nosso estado.
Os próximos anos serão estratégicos para a retomada do desenvolvimento do Rio de Janeiro, mas alguns problemas ainda precisam ser superados. Para que esse processo não pare, é necessário criar espaços onde as mais diversas correntes de opinião e visões de mundo, que buscam o desenvolvimento do ambiente de negócios, geradores de emprego, renda e riqueza, possam encontrar soluções e diálogo.
A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), berço do empreendedorismo desde o Brasil-Colônia e inspirada pelo seu patrono Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, tem se tornado um desses pontos de sinergia para a busca de consenso. O espaço tem acolhido o debate de soluções para a retomada do desenvolvimento e de problemas cruciais como o das concessionárias de serviços públicos, a Reforma Tributária, a gestão da região portuária ao redor da Baía de Guanabara e os projetos de reocupação do Centro do Rio.
Atos simbólicos como a recuperação da estátua do Barão de Mauá, a reocupação do Palácio do Comércio com a retomada do seu restaurante até o final deste ano e a inauguração do novo modelo de iluminação da região mostram como é possível criar ações que funcionam como catalizadoras de processos que ajudam a enfrentar grandes desafios.
A atração de grandes negócios para Rio precisa de espaços onde se busca a coesão. E a ACRJ tem sido um deles.
Daniel Homem de Carvalho é advogado presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro
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