Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber e pedagogaDivulgação
O TDAH inclui sintomas como dificuldade de permanecer sentado, de escutar os outros e de seguir instruções. No entanto, é preciso esclarecer algumas informações que acabam elaborando impressões sobre um assunto que merece total atenção. É preciso destruir a barreira do preconceito. A informação é o melhor caminho.
Muitos acreditam que o TDAH impossibilita a criança de ter uma vida normal. Isso não é verdade. Uma criança com o transtorno, em geral, precisa receber tratamento específico e multidisciplinar, com psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos ou outros especialistas. Além disso, cada caso deve ser olhado com atenção, pois cada criança apresenta uma necessidade e uma demanda diferente para os profissionais.
Existe quem pensa que pessoas com TDAH são menos inteligentes. Isso é mito. Primeiro, é necessário esclarecer que uma pessoa diagnosticada que recebe o devido acompanhamento e tratamento tem a inteligência na média e até acima da média, com desempenhos surpreendentes.
Vale destacar que, embora as pessoas com o transtorno apresentem alteração na concentração, elas podem ter bom rendimento dentro da sala de aula e no ambiente de trabalho.
Também se pressupõe que as características mais marcantes do TDAH são a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade. Essa afirmação está correta. Por ser um transtorno neurobiológico, os traços característicos do TDAH precisam ser notados também em dois ou mais ambientes de convívio, como o familiar, a escola, o cursinho, a igreja, entre outros.
Esses lugares são determinantes para perceber o comportamento da criança para que, a partir disso, ela seja acompanhada e encaminhada ao tratamento que será eficaz. Além disso, os professores devem estar atentos em sala de aula para identificar e ajudar os estudantes com o transtorno. Os principais comportamentos de estudantes com TDAH são incapacidade para realizar tarefas demoradas, impaciência para esperar, distração constante, perda e esquecimento do material escolar e movimentos físicos em excesso.
O TDAH não tem uma cura, mas, sim, tratamento. Lembre-se de evitar julgamentos. Busque informações com especialistas ou em fontes seguras e confiáveis.
Luciana Brites
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