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Autor, ator e diretor, era o que hoje se chama animador cultural, Paschoal foi diplomata e, como cônsul-geral em Milão, organizou uma caravana de 20 estudantes de diferentes estados para uma excursão em seis países europeus, com apoio do Itamaraty. E de Assis Chateaubriand. Um sucesso, pois foram recebidos na Itália pelo Papa Pio XII, os diretores de cinema Federico Fellini e Antonioni, e na França por Jean-Louis
Barrault, sempre com o respaldo dos diplomatas brasileiros, sendo destaque o embaixador Paulo Carneiro, grande intelectual e embaixador na Unesco.
A capacidade de mobilização de Paschoal chamou a atenção de seu amigo Paulo Bittencourt, que o chamou para fazer uma coluna de teatro no Correio da Manhã, o que veio a dar às suas iniciativas dimensão nacional.
Este idealista viu seu Teatro do Estudante inspirar outras iniciativas, como o Teatro Experimental do Negro, o Brasileiro de Comédias e praticamente em todos os estados houve a réplica de suas iniciativas.
Em 1950, foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro com grande votação. No final do mandato, que coincidiu com a eleição de JK, foi para o gabinete do presidente como assessor ligado à cultura e à juventude. Ao morrer, em 1980, dizia lamentar que a política e a ideologia tivessem penetrado no meio cultural brasileiro, pois achava que cultura e talentos não têm partido nem ideologia.
Paschoal criou a Fazenda Arcozelo, em Paty do Alferes, que está sendo recuperada para atender à classe artística e às vocações entre estudantes pelo governo federal. Gastou sua pequena fortuna com seus projetos, teve apoio de amigos e admiradores como Roberto Marinho, Walter Moreira Salles, Adolfo Bloch. E o entusiasmo de críticos e literatos em geral, como Elsie Lessa, Celso Kelly, Brício de Abreu, Antônio Olinto, Francisco de Assis Barbosa, Henrique Pongetti, Sábato Magaldi, Thiago de Mello, entre outros.
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