Tatyana AzevedoDivulgação

Ser uma escritora best-seller de livros com enfoque no universo feminino e ser uma mulher que transforma mulheres e as apoia na luta contra o preconceito, a violência, a misoginia e o patriarcado me coloca em um posição de grande responsabilidade para ampliar esse debate
Sabemos que há uma trajetória de lutas femininas, mas que ainda não foi possível superar os sistemas que moldaram e limitaram suas vidas de maneiras profundas, existindo ainda hoje desafios significativos em diversos aspectos da sociedade: disparidade salarial, limitação de oportunidades, questionamento de competência, educação sexista, presença limitada em cargos de liderança, sub-representação, estigmas e pressões sociais em relação a suas escolhas de vida, julgamentos, expectativas sociais restritivas, a ditadura do corpo, objetificação da mulher, cultura do estupro e tantas outras que formas de discriminação que se baseiam no sexo.
Neste contexto, percebo a violência contra as mulheres como uma triste realidade global que se configura de múltiplas formas, mas que em última análise, não falo especificamente da violência física, mas todas as microviolências derivadas de toda essa estrutura que visa diminuir a autonomia, a participação e contribuição social, pois sabemos que a genialidade feminina pode habilitá-las a assumir o poder e serem não só donas de si, mas dominarem o mundo. É um pouco disso que exponho no livro "As donas da P** toda” Revolution 4.0", ser dona de si para dominar outros espaços.
A ideia de que uma pessoa, seja ela mulher ou homem, tem "valor" pode ser subjetiva e variar de acordo com diferentes perspectivas culturais, sociais e individuais. Toda essa visão distorcida de papéis, padrões de comportamento e crenças limitantes afetam diretamente a noção de valorização, permite a manutenção de poderes desproporcionais e esvazia a mulherada de seu potencial criador, afinal de contas, somos nós que geramos a vida e este poder nunca nos poderá ser negado.
No entanto, foram inúmeras mulheres que atendi ao longo desses mais de 20 anos de carreiras que apesar de sua potência, altas habilidades, bom nível intelectual, valores sólidos e muitas outras competências, mas mesmo mediante inquestionáveis recursos e dons, ainda não reconhecem seu próprio mérito, submetendo-se a situações de desvalorização e subjugação. É um lindo trabalho interno de tornar-se e ter segurança psicológica para assumir sua essência e lugar no mundo.
Ressalto que não é apropriado avaliar o valor de uma mulher, ou de qualquer pessoa, com base em critérios rígidos. Cada indivíduo é único e valioso por sua própria singularidade, com base nas suas experiências e na forma como contribui para o mundo ao seu redor.
Superar as barreiras de gênero é um processo complexo que envolve ações individuais, coletivas e mudanças estruturais na sociedade. No entanto, cada uma de nós tem que arregaçar as mangas e dar início a própria transformação pessoal e empoderar-se.
O caminho para que cada mulher seja dona de si e viva com plenitude, satisfação pessoal e aproveitamento amplo de habilidades e recursos internos é expressar a sua genialidade e colocar em prática o seu potencial criativo, permitir-se SER…
Enfatizo que é preciso fomentar um movimento que transcende o discurso, pois a revolução verdadeira começa quando as mulheres se levantam, se apoiam mutuamente e se recusam a aceitar menos do que merecem para expressarem seu verdadeiro EU.
E eu, estou aqui para apoiar todas aquelas que precisarem, pois a seriedade e uma verdadeira rede de apoio faz com que juntas sejamos mais fortes e possamos transformar o mundo em um lugar inclusivo e diverso para todos.