Eugênio CunhaDivulgação

Em 2024, inclusão e diversidade foram temas bastante recorrentes nas salas de aula, através de projetos e ações, para a promoção da inclusão de estudantes com deficiência e a valorização da diversidade cultural e étnica nas escolas. Esse é o caminho para se chegar à equidade tão almejada.

Projetos e ações em favor da inclusão não apenas beneficiam estudantes com deficiência, mas também enriquece o ambiente escolar, promovendo uma cultura de respeito e valorização das diferenças. É essencial eliminar as atitudes capacitistas e discriminatórias que se imbricaram na história social e na vida das pessoas. A escola também recebeu reflexos disso. Podemos, por exemplo, pensar no desenho universal para a aprendizagem, trazendo, desde o planejamento, a inclusão de conteúdos que contemplem a diversidade e a equidade cognitiva, para que todos os estudantes e crianças se sintam representados e valorizados. Isso ajuda a construir uma escola colaborativa.

Estabelecendo atividades que promovem o diálogo entre diferentes grupos sociais, que incentivem a empatia e o respeito entre os alunos, preparando-os para viver em uma sociedade inclusiva. Não podemos falar apenas de adaptações curriculares, mas devemos falar de personalização da aprendizagem. Pessoas são mais importantes que vertentes pedagógicas. A educação para a diversidade ajuda a combater preconceitos e estereótipos, formando cidadãos mais críticos e conscientes de suas responsabilidades sociais.
Gosto de dizer que a aprendizagem se refere em sua essência e legitimidade à apropriação de práticas sociais e bens culturais; ao desenvolvimento da criança em seus aspectos biológicos, sociais e afetivos. Refere-se à perene e indelével busca pela superação da incompletude humana. Só se faz isso com amorosidade. Nas palavras de Freire: "Não existe educação sem amor. Quem não ama os seres inacabados não pode educar". Conjugamos, então, três palavrinhas fundamentais:
Diferença: a partir da concepção ética do ensino: sempre haverá o outro;
Heterogeneidade: conjunto de singularidades nos espaços pedagógicos.

Diversidade: práticas que contemplem o universo colaborativo e participativo da aprendizagem.
 
Eugênio Cunha é doutor e mestre em educação, pedagogo da Fundação Municipal de Educação de Niterói